Alguns dígitos de números trocados. Pode não parecer, mas isso pode mudar tudo, principalmente o destinatário que receberá a mensagem.
Lara não tinha a mínima ideia que tinham lhe passado errado o número novo de sua amiga, então salva normalmente o...
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L A R A
Eu acho que sonhei, não é possível que isso realmente tenha acontecido.
Puta meeeeeeeeeerda.
Sabe o momento que você fica olhando pra um ponto totalmente aleatório e parece estar em outro universo? Eu estou assim nesse exato momento porque não tô crendo.
— Vai ficar parada aí mesmo?— ouço a voz do Gabriel e olho pra ele que está de braços cruzados enquanto passa a mão no cabelo meio molhado. Tomamos um banho porque não tinha condições de ficar sem.
— Não— me levanto e sinto uma ardência justificável, ele parece perceber minha careta porque dá uma risadinha.
— Complicado aí?
— Otário— pego um travesseiro na cama e jogo em cima dele que consegue segurar antes que bata em sua cara.
— Sem agressão ou vou te dar uns tapas.
— É o que?
— Na bunda, você gosta.
— Não gosto não!
— A é?— começa a caminhar na minha direção e eu só me abaixo pra pegar meus saltos e saio correndo dele que vem atrás de mim.
Saio do quarto e o maluco ainda continua correndo atrás de mim.
— Deixa de ser retardado, Gabrieeel.
— Vou te pegar, hein.
— Vem não!
Na hora de descer os degraus da escada eu paro de correr pra não acaba capotando e é aí que ele consegue me agarrar por trás, dando um tapão na minha bunda.
Quem que fez esse menino? Falta parafusos nessa cabeça louca.
Do nada ele me pega no colo e termina de descer a escada pra então me colocar novamente no chão.
Seguimos o caminho até a área externa, mas do nada me trombo com a garota esfaqueadora de namorado.
Essa história é verídica e foi a maior fofoca que esse lugar já teve, ela foi traída, pegou o namorado na cama com outra e meteu a faca nele.
Achei considerável.
— Ah, oi— ela diz.
— É ela?— o Gabi sussurra baixinho como se ela não fosse ouvir.
