SESSENTA E OITO

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L A R A

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L A R A

A porta do quarto é aberta e eu olho na direção, vendo a Ana Júlia passar por ela junto com a Sophia, Karol e a Ester.

Eu tô mortinha, já não basta a maldita ressaca ainda inventei de jogar bola e na hora de chutar acabei chutando o chão. Fodi meu dedo.

— Eu tô desesperada!— a Najulia diz e me mostra uma sacola que parece ser da farmácia.

— Tá, o que rolou?— me sento na cama.

— Eu meio que acho que tô grávida— diz e eu arregalo os olhos na hora, dando um pulo da cama e indo pra perto dela.

— Como já passei por esse surto, irei apenas acompanhar de camarote— a Ester diz e vai até a cama, se sentando lá.

— Eu também— a Karol fala e a gente olha pra ela.

— Hum... Eu não sei se realmente tô, só que segundo a Ester, todos os sintomas que estou sentindo são de gravidez e isso me deixa toda neurótica.

— Se você tá neurótica é porque foi pra guerra sem colete, né?— digo.

— Mas eu uso anticoncepcional, merda.

— Então, amiga, é que...— a Ester diz e a gente olha pra ela- eu também usava.

— Mas o seu parou de funcionar por causa dos remédios por conta do acidente, esqueceu?

Verdade, ela foi atropelada por uma moto e as meninas dizem que nem assim sossegou.

— Eu recomendo fazer o teste—a Sophia diz— a gente faz também só pra te dar uma força.

— Ei, eu não vou fazer nada não— digo.

— Eita como ajuda— a Karol ri— relaxa, Lara, é só pra Ana Júlia não passar por esse momento sozinha e acabar tendo um treco.

Eu não tenho medo, sei que não tem nenhum bebê aqui na minha barriga, mas mesmo assim fico receosa.

É tipo passar pelo aeroporto e sentir medo de ter drogas na mala mesmo sabendo que não colocou nada lá. Sair de uma loja como se não tivesse pegado nada mesmo não tendo pego nada.

A nossa mente é uma filha da puta.

A Sophia, na maior segurança do mundo, pega um teste de gravidez dentro da sacola e me oferece outro.

— Precisa mesmo disso?— coço a cabeça.

— Você tá muito insegura, hein, Lara?

— Não é isso, é que eu nunca na minha vida fiz um teste de gravidez.

Não, na verdade já, mas foi quando eu tinha dezesseis anos e ainda era virgem. Só queria ver como era.

E sim, eu fiquei com medo de dar positivo mesmo nem sabendo qual era a sensação do sexo.

𝗔𝗥𝗥𝗔𝗜𝗔𝗟•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora