VINTE E OITO

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L A R A

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L A R A

Tem pessoas que levam muito tempo pra criar algum tipo de conexão, seja ela qual for. Tem algumas que nem conseguem e se afastam porque sabem que não vai dar certo de maneira alguma.

Mas também tem pessoas que criam conexões em apenas uma conversa, pouquíssimo tempo.

Não sei se o fato de eu com o Gabriel já termos conversado durante alguns dias por mensagens sobre várias assuntos diferentes nos ajudou a estar dessa maneira pessoalmente, mas eu só sei que me sinto de boa, mesmo o conhecendo pessoalmente a pouquíssimos dias.

Bom, tem quatro dias que ele está aqui em Arraial, nos vimos nesses quatro e já rolou várias e várias coisas.

Isso é mega estranho, não sei se ele acha o mesmo que eu, só sei que é.

Agora a gente acabou de destruir uma pizza inteira enquanto tomamos vinho, eu estou vestindo o macacão de urso panda que ganhei do Igor de presente de aniversário e tô agindo naturalmente perto dele, mesmo estando ridícula.

Ele se levanta, leva as duas taças até a pia e joga a caixa no lixo, não usamos talheres e comemos com a mão, gosto assim.

Observo ele lavando as mãos e como já lavei as minhas, permaneço sentada. Minha cólica já passou, todo mês é isso e por sorte não menstruo já que meu anticoncepcional cortou todo o sangue, mas a cólica segue firme e forte nessa porra.

É complicado ser mulher, isso é fato.

— A gente vai fazer o que agora, ursinha?— para na minha frente e eu levanto a cabeça para lhe encarar.

— Que tal se você parar de me chamar assim?

— Hum...— finge pensar— não.

— Gabriel...

— Vem, vamos fazer algo, já passou a dor?

— Já, mas eu queria deitar e ficar quietinha.

— Podemos fazer isso lá no seu quarto ou quer que eu vá embora? Não quero ficar te incomodando e sinto que tô fazendo isso, só vim porque você disse que tava com dor e eu sei que é ruim porque tenho uma irmã que passava pelo mesmo e quase pulava do prédio.

Me levanto e dou um sorriso, gostei de ouvir o que ele acabou de falar e acho legal o fato de explicar e até dizer que pode ir embora.

— Quer que eu vá, né? Eu vou então.

Me aproximo dele, coloco a mão do lado do seu rosto e grudo nossos lábios, inciando um beijo que se torna calmo quando ele entra na onda.

Seus lábios são macios, gostosos, sua mão vem até a minha cintura enquanto a outra abaixa o capuz da minha cabeça e se infiltra em meu cabelo, puxando levemente os fios assim como faz com meu lábio inferior.

𝗔𝗥𝗥𝗔𝗜𝗔𝗟•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora