TRINTA E CINCO

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G A B I

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G A B I

O pós jogo é sempre caótico e pra mim que gosto de ficar sozinho e em silêncio isso é péssimo!

Tem muitas vibes diferentes dentro desse vestiário e após uma vitória vira tudo uma grande loucura e a maioria gosta de ficar gritando e batendo nas coisas.

Eu não tô satisfeito comigo mesmo e isso é foda porque mesmo com a vitória eu me sinto mal por não estar ajudando da maneira que gosto.

— Bora, Gabi— o Pedro passa por mim e dá um tapa na minha cabeça.

— Olha que eu te dou um soco, hein?

— Vem então, irmão— chama e quando eu ne levanto ele começa a rir e se afasta.

Depois que ele começou a ficar com a maluca da Ester acho que a loucura foi compartilhada porque bem ele não está! Ela está grávida e provavelmente o bebê vai nascer doidinho também.

— Final de temporada é sempre caótica— o Gerson para do meu lado— bora? A Ana Júlia disse que você chamou a gente pra jantar.

— Eu não chamei ninguém, ela que achou que era uma boa e disse que era eu quem teve a ideia.

— Então não foi você?

— Não, ué, eu só quero ir pra casa.

— Pô, mas vai ser maneiro o jantar.

—Eu também vou porque fui convidado— o Pedro chega do meu outro lado— jantar maneiro, pô, vai ser bom.

— Vocês vão pagar— digo.

— Você é mais rico que a gente, porra.

— Nem tanto, Gerson, não exagera.

Talvez não seja exagero.

Nossa atenção se volta para a porta que acaba de ser aberta e se fosse a um minuto atrás eles iam pegar o Arrascaeta só de cueca.

O Fred passa por ela com os pais dele vindo logo atrás e por um momento eu penso que a Lara também vai entrar, mas isso não acontece.

Eu consegui a autorização pra que ele viesse até o vestiário, prometi isso e estou cumprindo.

Porra, será que ela não veio para o Rio? Não conversamos mais tem muito tempo, ela começou a não render assunto e não respondeu a última mensagem que mandei.

Não vou insistir, talvez ela não queira mais falar comigo e tá tudo bem.

O garoto parece ficar estático, obviamente por todos estarem olhando pra ele. Já sei pai sei que sente a vontade de chutar cada uma de nossas pernas e provavelmente a mãe dele compartilha desse mesmo sentimento.

— Tá, quem é?— o Gerson pergunta.

— Meu amigo, pô— dou de ombros e caminho na direção do garoto que enfim me olha e abre um sorriso, seu cabelo tá todo pra cima e eu tenho certeza que ele surtou pra caramba com o jogo.

𝗔𝗥𝗥𝗔𝗜𝗔𝗟•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora