CINQUENTA E UM

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G A B I

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G A B I

Hoje mais cedo a Lara voltou pra São Paulo.

Com a Dhiovanna.

As duas foram juntas e minha irmã fez questão de olhar na minha cara e dizer que ia apresentar as melhores baladas pra Lara.

A Dhiovanna é maluca, a Lara também, essas duas juntas vai ser o puro suco do caos e eu não quero nem imaginar o que vão aprontar.

Merda, eu tô imaginando...

Já é noite, eu acabei de terminar uma live com uns parceiros e agora tô jogado no sofá, pensando na merda que se tornou a minha vida.

Qualé, eu só não podia ter deixado tudo como tava? As coisas estavam boas e aí eu fui lá e fiz o que? Estraguei tudo. Como sempre.

Tiro o elástico do meu pulso e fico esticando ele, faz um tempão que tá aqui comigo, mas ela devolveu meu colar, deixou embaixo do travesseiro e eu só fui ver hoje depois que acordei da soneca horrível que tive.

Se de alguma forma isso nos conectava, ela quebrou a conexão a partir do momento que me devolveu o colar, então nada mais justo que eu tirar o elástico e não usar mais.

Pego meu celular pra tentar esquecer um pouco, mas aí quando eu entro no whatsapp o primeiro status que aparece é o de quem? Da Lara!

Bom, pelo menos ela ainda não me bloqueou, né? É um bom sinal.

Abro, a primeira foto que aparece é uma dela no espelho. É no meu apartamento, as duas devem estar lá.

A segunda e última é dela junto com a Dhiovanna, no elevador, arrumadas, saindo e... PORRA!

Então minha irmã tava falando sério? Vai mesmo levar a garota pra uma balada? Que droga.

A Lara é gata pra caralho, vai chover caras em cima dela, jogando charme e tentando alguma coisa.

Será que ao contrário de mim ela vai conseguir ficar com outra pessoa? Espero que não e se tentar, que me veja no lugar.

Porra, Gabriel, foi você que escolheu que era pra ser assim, nada mais justo que ela seguir a vida, conhecer e se envolver com outras pessoas.

Coloco o elástico no pulso novamente e me sento no sofá, minha vontade é de sei lá, ir atrás dela e falar que pode ser tudo diferente, que a gente pode tentar e fazer dar certo.

— Tá no poço, meu irmão?— o Fabinho aparece com duas garrafinhas de cerveja e me entrega uma, aceito de bom grado porque era o que eu tava precisando.— vamos fazer igual as garotas fazem, pode desabafar comigo— se senta do meu lado.

Só abro a garrafa e dou um gole longo no líquido gelado que refresca por dentro.

— Terminou o lance com a Lara, né?

𝗔𝗥𝗥𝗔𝗜𝗔𝗟•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora