QUARENTA E QUATRO

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G A B I

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G A B I

Eu só queria saber como que a Lara chegou nesse nível de bêbada, só isso.

Ok que a Karol também tá caindo, mas aí já não é um problema meu e sim do Léo que tá com ela.

Depois daquele show decidimos vir até um festival de rap que rolou e eu curti pra caralho já que é o meu estilo musical favorito.

Mas aí eu fui me ligar no estado que a Lara tava e fiquei assustado porque a garota não consegue dar um passo sem tropeçar e começar a rir do quase tombo.

Já é altas horas da madrugada, ir embora pós rolê é foda.

— Vem, Lara— tento fazer com que ela volte andar, mas não dá muito certo.

— Eu não sei— choraminga e se agarra em mim.

Olho pro alto em busca de alguma ajuda divina e olho pros meus amigos que já estão quase perto do carro.

Porra, cadê a ajuda?

— Você não sabe andar?

— Não, eu não sinto minhas pernas— me olha, do nada os olhos se enchem de lágrimas e eu ergo a sobrancelha— eu queria um cachorrinho.

— Você quer um cachorro? Tipo do nada?

— Eu tinha um, mas ele faleceu a dois anos atrás e nunca mais tive coragem de pegar outro pra cuidar.

— Sinto muito.

— Você quer ser meu cachorrinho?

— Ah, claro que quero, pô, vamos comprar a coleira?— debocho.

— Não seja irônico comigo.

— Só tenta andar.

— Tá bamba— começa a rir e agora mesmo que eu não entendo nada— ela voltooooou, de perna bamba.

— De tanta macetada que tomou essa piranha— completo.

— Eeeeei! Você me chamou de que?— se afasta bruscamente e se eu não segurasse ia cair pra trás— me solta!

— Eu só completei a música, foi mal, nem pensei.

— Piranha é você— aponta o dedo na minha direção.

— Sim, eu sou, agora vamos?

— Não quero mais ir pra sua casa, vamos brigar— tenta se soltar novamente.

𝗔𝗥𝗥𝗔𝗜𝗔𝗟•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora