DEZOITO

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L A R A

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L A R A

Tudo saiu do controle da situação. Tudo!

Quando eu me dei conta já estava beijando a minha amiga, do nada ela tava com a boca grudada nos meus peitos e enquanto isso o Gabriel me tocava.

Mas... Atrapalharam nosso momento.

Confesso que estava gostando, tava maneiro, legal, gostosinho, mas acho que esse impedimento foi a melhor coisa feita ou a gente iria fazer tudo aqui mesmo e não seria nada bacana.

Agora eu tô aqui andando pela areia da praia enquanto o Gabriel me abraça por trás e da um jeito de manter a camisa do meu corpo quieta e sem voar por causa do vento.

Meus amigos estão completamente malucos, eles andam por um tempo e do nada param pra fazer umas dancinhas estranhas.

— Ó, vai levantar tudo e cê vai ficar peladona— ele diz, abaixando novamente a camisa em meu corpo.

— É bom que bate um vento, pô- dou risada.

Tá tudo um caos, ele tá carregando minha bolsa, meu vestido, salto e o tênis que estava em seus pés. Estamos grudando por causa da água salgada e meu cabelo certamente tá no nível de uma palha de aço.

— Vai brincado, doidona— dá um tapinha na minha cabeça e eu dou risada.

É estranho estar nessa intimidade toda com ele, ok que já nos conhecemos e conversamos por mensagem, mas é a primeira vez que nos vimos pessoalmente e até transamos.

Eu não era uma mulher pura? O que rolou?

Quando saímos da faixa de areia, olho para os meus amigos que estão em um estado decadente e fico pensando como vai ser agora. O dia já está amanhecendo, provavelmente são umas quatro horas e já já o sol aparece pra derreter tudo.

— Bom, eu vou pra minha casa— o Rodrigo diz enquanto tem a Lavínia pendurada nas costas dele, ela tá quase dormindo e obviamente não vai lembrar de nada amanhã já que a amnésia pós porre vem com força!

— Vocês vão como?— o Gabi pergunta e eu encosto minhas costas nele, apoiando a cabeça em seu peito e sentindo sua mão em minha coxa, segurando a camisa.

— Andando, pô, nossa casa é perto daqui— ele responde e eu só confirmo com a cabeça, afinal minha casa tá a poucos metros de distância.

— Menos mal então.

— Avante, vamos logo que eu tô morrendo— a Lavínia resmunga, quase enfiando os dedos nos olhos do coitado.

E a gente atravessa a rua e começamos a andar em direção as nossas casas, são perto uma da outra e... E O GABRIEL?

Paro de andar e olho pra trás, vendo ele lutando pra equilibrar tudo em suas mãos, a minha bolsa está pendurada em seu lado esquerdo e eu acho a cena engraçada.

𝗔𝗥𝗥𝗔𝗜𝗔𝗟•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora