CINQUENTA E OITO

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L A R A

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L A R A

Ao contrário do que eu tava achando de início, não foi um sonho, tudo realmente aconteceu. O Gabriel veio.

E depois que a gente passou um tempo na cama matando a saudade, eu lembrei que tava rolando festa na casa dos meus avós e achei que era uma boa ideia chamá-lo.

Agora tá rolando o puro caos, meus primos surtaram quando viram o Gabriel e aí tão com ele até agora, fazendo altas perguntas e eu fui abandonada.

No caso optei eu mesma pelo abandono e vim comer porque na hora de ceia fui beliscando um pouco de cada coisa e não comi direito, agora fiz um pratão de respeito e tô comendo.

Como já sabem, minha família é o puro suco do caos, afinal tem um grupo que torce pra cada time e ter o Gabigol no nosso natal, pra alguns deles, é uma grande afronta.

Por isso gosto de crianças, eles não estão nem ligando pro fato de ser um jogador do time rival, só querem saber de paparicar, fazer perguntas e curtir a experiência de estarem perto de alguém super famoso.

— Que isso, Lara?— minha mãe aparece, me olhando com a sobrancelha erguida.

— Que foi?

— Nunca vi você comendo tanto assim.

— Eu tô com fome.

— Que bom, né? Que continue assim.

— Nem vem, mãe, tenho que manter meus músculos— faço muque pra ela que cai na gargalhada e eu não entendo legal.

— Tá bom, mas come tudo pra ficar forte.

— Faz tanto tempo que eu ouço essa frase...

— E vai continuar ouvindo por muito mais tempo, queridinha— joga um beijo e sai segurando um copo gigante de caipirinha.

Continuo comendo na paz do senhor e quando tô quase acabando, o Gabriel aparece, ele vai até meus avós que já lhe abraçam e do nada ele já tá cumprimentando todo mundo e...

Ok, minha tia forrozeira acabou de puxa-la pra uma dança e enquanto isso meu tio que torce pro Fluminense tá olhando com uma cara nada boa.

Que madrugada interessante!

Eu observo o Gabi dançando, é um tanto quanto engraçado porque no começo ele fica todo duro e vai se soltando aos pouquinhos até já estar melhorzinho.

A música acaba, minha outra tia puxa ele pra dançar. Pensa que acaba por aí? Que nada! Logo vem a minha mãe.

Tipo, a MINHA MÃE. Quantas vezes já ouvi ela destilando xingamentos ao Gabigol que no tempo eu nem sabia quem era? Milhares! Agora ela tá aí dançando com ele na pura alegria.

E pra minha surpresa final, vem a minha avó que até ontem tava reclamando de dores pelo corpo dançando com ele na maior empolgação do mundo.

O auge é ver a cara do meu avô totalmente indignado com a situação. O coitado não tá entendendo nada!

𝗔𝗥𝗥𝗔𝗜𝗔𝗟•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora