TRINTA E SEIS

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L A R A

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L A R A

Dois dias longe do meu irmão. Saudade.

A gente briga, quase se mata, ele me irrita e me enche o saco? Sim, mas eu amo aquele carinha e é complicado ficar longe dele, mesmo que por pouco tempo.

"Mas por que você não aproveita que está sozinha?" Eu decidi aproveitar do pior jeito possível: dando uma festinha na minha casa.

Eu sou apaixonada por filmes e séries, já assisti muitos em que a garota da escola decidia dar uma festinha em sua casa só pra tentar ser mais popular, mas no meu caso é porque eu só quero aproveitar que estou sozinha.

No filme sempre dava alguma merda, alguém vomitava em alguma parte da casa ou... Sei lá, morria.

Na vida real também dá merda. Muita merda.

Não sem em qual momento foi que eles decidiram fazer uma competição de quem conseguia virar mais shots na boca, tava na cara a merda que isso ia dar e agora tem um garoto que eu nem sei quem é jogado no chão da minha sala, acho que ele dormiu.

Na pior das hipóteses entrou em coma alcoólico.

Você percebe o nível que a situação está quando eu sou a ÚNICA com juízo e consciente nesse lugar.

Me sento ao lado do Igor no degrau da escada, ainda bem que eu proibi a subida deles lá pra cima.

—Oi amiga, você tá lindaaa— ele dá um sorrisinho e o olhar já tá perdido.

— De zero a mil, quanto que você bebeu?

— Sim.

— Não foi essa pergunta que te fiz.

— Mas é essa que consigo responder- deita a cabeça em meu ombro- eles colocaram maconha no narguilé.

— Eles colocaram o que em que?

— Maconha no... SOCORRO—ele se levanta e sai apressadamente, provavelmente indo vomitar em algum lugar.

— NÃO VOMITA NAS MINHAS COISAS!

Me levanto e tenho a visão de muita gente sentada no chão, fumando, bebendo e... Tem duas pessoas se pegando bem firme por ali e eu espero que não transem.

A música está alta, provavelmente daqui a pouco a polícia vai bater na minha porta e mandar abaixar o som e talvez eu quero que isso aconteça pra que eles vão embora logo sem que eu tenha que mandar.

Que ódio, não deveria nem ter chamado ninguém.

Decido beber alguma coisa pra não ser a única consciente aqui, olho as bebidas em cima da mesa e pego uma garrafa de whisky que ainda tem uns dois dedos de bebida. Logo o foda-se e viro na boca, caminhando até o pessoal e me sentando ao lado do Rodrigo que me olha, soltando a maldita fumaça na minha cara.

𝗔𝗥𝗥𝗔𝗜𝗔𝗟•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora