003

237 24 1
                                    

•| Capítulo Três
– 03 –
━━━━━ • ஜ • ❈ • ஜ • ━━━━━

"Acho que muitos de nós e, talvez, a cidade inteira tivesse alguma esperança que Jason Blossom, de alguma forma, não tivesse morrido no quarto de julho. Chegaríamos na escola na segunda de manhã, e Jason estaria lá. Ou o veríamos sentado com Cheryl numa mesa do Pop's."

"Mas isso foi antes da inegável e irrevogável evidência do seu corpo inchado e encharcado. Um cadáver com um tiro na testa e segredos terríveis que só poderiam ser revelados pela fria lâmina de aço do bisturi de autópsia de um legista ou pela batida reveladora de um coração culpado."

A única coisa que se fala na Escola de Riverdale é sobre o corpo de Jason encontrado inchado, encharcado e baleado na beira de um lago. Alunos cochicham sobre quem poderia ter sido. Cheryl Blossom? Inimigo de futebol? Polly Cooper?

A última parte eu ouvi da própria Cheryl, decidi ignorar e continuar minha vida.

— Agora que o romance está fora de questão, eu pergunto: Archie é hétero?

Kevin, Betty e eu caminhamos pelos corredores. Betty foi chamada na recepção pois tinha recebido flores de alguém anônimo.

— Nenhum heterosexual tem aquele corpo. — Kevin continua com seu raciocínio.

— Por falar em corpos, já se recuperou de ter encontrado Jason? — Pergunto a Kevin.

— Foi mais traumatizante ter que explicar ao meu pai o que eu estava fazendo com o Moose no rio. Mais uma vantagem de ser filho do xerife.

Ao entrarmos na recepção vimos um buquê de margaridas amarelas.

— Meu Deus! São maravilhosas. — Kevin fala analisando o buquê. — Elas são para Betty, Sra. Phillips?

— Por isso, eu a chamei. — A Sra. Phillips fala como se fosse algo óbvio, o que realmente é.

— "Querida Betty, por favor, me perdoe. Beijos, V" — Pego o cartão que está junto com o buquê e começo a ler.

— Quem é V? — Kevin pergunta tirando o catão da minha mão.

— Verônica.

— Verônica.

Betty fala junto com Verônica que surgiu dentro da sala carregando uma caixa branca e média nas mãos.

— Amarelo é a cor da amizade. — Verônica aponta para o buquê. — Eu também encomendei cupcakes da loja Magnolia de Nova York. Como dia a minha mãe, não há mal que um cupcake não resolva.

— E fiz uma reserva para nós duas da manicure e pedicure no Chez Salon. Escovas também.

Nós três ficamos em silêncio olhando um para o outro.

— Eu sinto muito, Betty. — Verônica fala finalmente. — Não sei o que acontece comigo naquela noite. Foi uma jogada tão baixa. Era... Era como se eu estivesse possuída pela...

— Madame Satã? — Kevin questiona de forma sarcástica.

— Pela velha Verônica. — Verônica fala cabisbaixa. — E eu jamais farei algo assim de novo. Nunca mais. Juro pelas pérolas da minha mãe. Pode me dar mais uma chance, por favor?

— Está bem. — Betty fala simples.

— O quê? — Verônica e Kevin questionam, chocados. Eu apenas encaro minha irmã.

— Sério? — Verônica questiona mais uma vez para ter certeza. — Incrível. Eu aceito, você não vai se arrepender.

— Certo.

𝐑𝐈𝐕𝐄𝐑𝐃𝐀𝐋𝐄 •| 𝚗𝚘𝚜 𝚝𝚎𝚖𝚙𝚘𝚜 𝚍𝚊 𝚋𝚛𝚒𝚕𝚑𝚊𝚗𝚝𝚒𝚗𝚊 Onde histórias criam vida. Descubra agora