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•| Capítulo Dez
– 10 –
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"Riverdale, outrora um lugar seguro, decente e inocente, virou uma cidade obscura, como um romance de Raymond Chandler, cheio de mulheres estonteantes, carteiros que tocam duas vezes e mafiosos do que uma retrospectiva do Scorsese. Cidade de almas perdidas. Cada um enfrentando demônios. Cada um tentando guardar segredos."

— Estamos aqui hoje para lamentar a passagem de um dos nossos. — A voz de nossa tia Penelope ecoa pela sala. — Betty. Pamela. Minhas queridas sobrinhas. Vieram protestar suas condolências.

— Bom, o tio Claudios era da família, então...

— Juntem-se a nós. — Cheryl me interrompe.

Nós duas nos olhamos e sentamos nas cadeiras vazias atrás de Cheryl e Toni.

— Tragicamente, esta cidade ingrata nunca recebeu bem o Claudius. Creio que seja porque ele cometeu o pior dos pecados... Tirar a própria vida. — Penelope Blossom abaixa a cabeça, lágrimas escorrendo pelas suas bochechas.

— Lágrimas de crocodilo. — Vovó Rose sussurra para mim.

Após o término da cerimônia, eu e Betty nos afastamos para os poucos entes queridos presentes prestarem condolências à Vovó Rose e a Penelope.

— Eu aprecio a companhia... — Cheryl se aproxima de nós. — Mas me digam: o que realmente fazem aqui, no funeral do nosso tio?

— Viemos falar com você. — Betty responde. — Cheryl, as pessoas próximas a sua mãe morrem de envenenamento ou estranhos suicídios, incluindo seu pai.

— Meu pai... Se enforcou em um celeiro, Betty. Ele pôs uma corda no pescoço e chutou um barril embaixo dele. Fim da história.

— Está tudo bem? — Toni pergunta se aproximando.

— Betty inconveniente como sempre. — Cheryl responde. — E não tenho paciência para isso.

— É melhor pararmos, Betty. — Falo colocando uma mão em seu braço.

(...)

— Quem é essa loira que você procura? — Pergunto andando ao lado do Jughead.

— A amante do Hiram. — Jughead responde. — Ele terminou com ela. Cheira à vingança. O porteiro me deu a dica do andar, mas eu queria saber o número do quarto.

— Talvez não há número pra dar. — Betty fala olhando para uma porta com uma pequena luz vermelha no lugar do número.

— Obrigado por virem comigo. — Jughead fala.

— É um prazer. — Betty fala. — Nossa investigação está pausada até o Dr. Curdle Junior me ligar. Parece que não fizeram a autópsia do Claudius. Penelope mandou cremá-lo antes. Espero que tenha algo no relatório de autópsia do Clifford. Não tem ninguém. Vamos.

— Bogart desistiria? — Jughead pergunta.

— Deem um tempo dessas referências. — Falo abrindo a porta.

— Que quarto de hotel fica destrancado? — Betty pergunta.

Assim que entramos, damos de cara com um quarto cheio de veludo vermelho nas paredes, uma música suave tocando ao fundo e mulheres seminuas andando pelo local.

— Aparentemente, existe um clube do sexo não tão secreto em Riverdale. — Betty fala olhando ao redor.

Assim que entramos mais afundo no quarto avistamos uma mulher dando um cacho de uvas na boca de um homem. Assim que o homem nos vê ele sai correndo.

𝐑𝐈𝐕𝐄𝐑𝐃𝐀𝐋𝐄 •| 𝚗𝚘𝚜 𝚝𝚎𝚖𝚙𝚘𝚜 𝚍𝚊 𝚋𝚛𝚒𝚕𝚑𝚊𝚗𝚝𝚒𝚗𝚊 Onde histórias criam vida. Descubra agora