29 | Coisas ditas e não ditas

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You're not saying you're in love with me
But you're going to

Você não está dizendo que está apaixonada por mim
Mas vai dizer


Slut!

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Enquanto o elevador sobe, eu bato com os dedos contra a coxa.

Só calcei meu chinelo antes de deixar o quarto e agora sinto o frio que não era perceptível lá dentro. Está tarde, mas, depois de aturar cerca de duas horas vendo Connie apenas de top e calcinha, é difícil ter sono. Eu me sinto energizada, quase vibrando pela perspectiva de finalmente voltar a estar a sós com ela.

Assim que paro diante da sua porta, dou três batidinhas fracas, depois olho de relance para uma câmera de segurança à minha esquerda. Me forço a respirar fundo. Connie e eu não tivemos qualquer problema com câmeras de segurança antes, fossem elas no nosso próprio prédio em Barcelona ou em elevadores e corredores dos hotéis em que ficamos hospedadas. Não vai ser agora que vou implicar com isso.

Quando Connie abre a porta, todo o meu nervosismo cai por terra.

Ela está com o cabelo preso e a postura relaxada. Sua calcinha preta é quase completamente encoberta pela barra da camiseta branca, e ela está descalça. Não é o auge da nudez, ela estava usando menos roupa na festa na piscina, mas vê-la assim me faz esquecer do mundo e só... encarar.

Então fico parada no corredor, imersa na tarefa de secá-la. A tatuagem de tigre que ela tem no antebraço se destaca, e presto ainda mais atenção nela quando Connie estende a mão para segurar a minha cintura e me puxar para dentro.

— Me chamou para ver um jogo? — provoco, rindo, enquanto ela fecha a porta e me pressiona contra ela.

— Sem jogos hoje — ela murmura, se abaixando para beijar a pele sob a minha orelha.

Eu sorrio, fechando os olhos ao sentir seus lábios. O caminho de beijos que ela percorre está se tornando familiar, assim como seu jeito específico de perder o controle quando está comigo. Mas a familiaridade não me impede de perder o controle junto.

Passo os braços ao redor dela e inspiro o aroma fresco de sabonete que se desprende de sua pele. Seus dedos apertam a minha cintura sobre o tecido da regata, quase como uma resposta ao meu gesto. Nós agimos e reagimos uma à outra como quem se permite cada vez mais. Enfio as mãos sob a blusa dela e, ao mero contato das minhas digitais, Connie sobe os lábios até os meus, capturando-os em um beijo.

Empurro-a até o móvel mais próximo enquanto nos beijamos, um pouco desajeitadas e nem por isso menos imersas no ato, e o corpo dela esbarra em uma cadeira estofada. Connie se senta e, sem perder tempo, segura as minhas coxas conforme me abaixo em seu colo. Ela aprofunda o beijo, segurando a minha nuca e devorando cada suspiro meu.

Eu me permito desejá-la e, mais do que isso, me permito baixar a guarda e demonstrar o quanto a desejo.

De repente, ela afasta o rosto, interrompendo o beijo, mas permanece com a mão na minha nuca. Estamos ambas com os lábios entreabertos, e suponho que a minha boca esteja tão avermelhada quanto a dela. Suas pupilas estão dilatadas, o preto engolindo o verde.

— É verdade o que você disse lá na piscina? — A respiração de Connie é irregular, mas sua voz é firme. — Que pode valer a pena lidar com as consequências de sermos vistas juntas?

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