Capítulo 25 - Medo

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— Recebendo flores no trabalho, Alice? — Não percebi quando Matteo se aproximou tão rapidamente, a fúria evidente em suas palavras e o desgosto estampado em seu rosto

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— Recebendo flores no trabalho, Alice? — Não percebi quando Matteo se aproximou tão rapidamente, a fúria evidente em suas palavras e o desgosto estampado em seu rosto.

— Sim, algum problema? — Pergunto com desdém, encantada com as flores e sem sequer olhar para ele.

— Seu namorado não pode perguntar quem deu? — Ele se aproxima, as sobrancelhas franzidas de raiva.

— Eu não tenho namorado, bobinho. — Sussurro, para que ninguém ao redor ouça.

— Você sabe muito bem o que eu quis dizer. — Responde de forma ríspida. — Para todos, eu sou seu namorado, então me deve algumas respostas, meu amor. — Fico chocada com sua audácia, fazendo um "O". Sinto até um formigamento nos dedos, querendo dar-lhe um bom tapa na cara.

— É meu namorado na frente de todos, por enquanto. Fora disso, não lhe devo explicações. — Rebato.

— Acho melhor me responder! — Reviro os olhos de raiva.

— FP me deu! Satisfeito? — Saio dali, batendo os saltos no piso, deixando-o sozinho, revirada com sua audácia e com vontade de mandá-lo para aquele lugar onde o sol não bate nem nos dias mais quentes.

Ele acredita que, por ter dormido comigo e ser meu falso namorado, ou meu chefe, pode me tratar assim? Que ele surte com outra.

— Problemas no paraíso, Alice? — Carol se intromete.

— Não. E não é da sua conta, Carol! — Respondo de forma fria, sem dar explicações ou mostrar qualquer vulnerabilidade.

— Pois não parece! Matteo saiu daqui furioso. E só Deus sabe o que ele foi fazer. — Anuncia.

— E o que eu tenho a ver com isso?

— Ele é seu namorado. E pode muito bem arrumar confusão por aí por ciúmes. — Comenta.

— O quê? — Pergunto confusa, imaginando terríveis coisas.

— É isso mesmo que ouviu! Matteo saiu às pressas e com tanta raiva que é capaz de matar alguém  — Diz e imediatamente deixo as flores na mesa e saio às pressas atrás do ogro.

Corro para a porta, segurando a maçaneta com força e abrindo a porta abruptamente. Sou esbarrada por algo. Olho e é nada menos que ele mesmo, com a mandíbula travada, olhos escuros e a expressão de quem acabou de cometer um homicídio e eu seria a próxima.

Estou assistindo filmes de terror demais.

— Carol, nos deixe a sós. — Matteo diz de forma alta e ameaçadora. Ela não pensa duas vezes em nos deixar a sós e sussurra "boa sorte" para mim. Acho que vou precisar mais do que sorte.

— Quem é FP? E por que ele te deu flores? — Ele questiona, como nos filmes, e possível, o próximo passo é o assassinato. Meu.

— Por que você quer saber? — Respondo com outra pergunta.

Era Uma Simples SecretáriaOnde histórias criam vida. Descubra agora