Capítulo 29 - Juras

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Com um esforço colossal, consegui abrir meus olhos, que pareciam ter sido selados como a maldita cola

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Com um esforço colossal, consegui abrir meus olhos, que pareciam ter sido selados como a maldita cola. A luz intensa invadiu minhas pupilas, causando uma dor aguda que se espalhou por todo o meu crânio. Tentei me levantar, mas uma dor latejante em minha cabeça me fez cambalear e resmungar de dor, o mundo ao meu redor parecia estar em um carrossel descontrolado.

Minha cabeça pulsava no mesmo ritmo do meu coração, cada batida parecia um martelo atingindo minha têmpora. Para piorar, meu estômago se revirava em agonia, e minha garganta estava tão seca que cada respiração parecia arranhar. Meu corpo estava pesado, como se cada membro fosse feito de chumbo, puxando-me para trás, para a cama.

Eu me prometi, com a convicção de um juramento sagrado, que nunca mais me entregaria a uma bebedeira tão desenfreada assim. Parecia que eu havia me transformado em uma louca por álcool, incapaz de parar. A ressaca era um castigo cruel, um lembrete doloroso de minha imprudência. Durante a festa, tudo parecia maravilhoso, mas agora, cada lágrima de dor que escorria pelo meu rosto era um arrependimento com um amargo na boca.

Tentando lembrar de como se levanta da cama sem desmaiar, me espreguiço lentamente. Minha blusa se levanta com o movimento, revelando minha calcinha lilás de renda. Proporcional a ontem.

Por um momento, fiquei confusa ao me ver usando a blusa de Matteo, que vestido em mim, parece um vestido enorme. Porque estou usando isso? Como vim parar em casa? Tentei desesperadamente lembrar de algo, mas apenas fragmentos de imagens desconexas surgiam em minha mente e então saquei.

Meu Deus! Eu não fiz isso, fiz? Não, eu não poderia ter feito... ou teria? Porra, não!

Ao olhar para o lado, vi Matteo deitado de bruços, sem camisa, ocupando grande parte da cama e abraçado ao meu travesseiro. Ele sempre tinha essa mania de ficar sem roupa, como se estivesse com calor constante e despreocupado em gripar.

Comecei a andar de um lado para o outro na sala, quase como se pudesse cavar um buraco no chão com a força dos meus passos e desaparecer dali. O que seria agradáve. A ideia de um banho frio para aliviar a dor de cabeça pulsante e a náusea crescente me pareceu atraente.

Com passos apressados, me dirigi ao banheiro, removendo as poucas peças de roupa que ainda vestia pelo caminho. Ao chegar, girei a torneira para a posição de água fria, ansiosa pelo alívio que o banho prometia.

- Como pude fazer isso? Como, Alice? Como pude pular no colo de um homem e... fazer aquilo com a boca? - Só de lembrar, tenho vontade de me jogar sobre essa janela. - Devo ter um sério problema com álcool, como se houvesse duas pessoas diferentes dentro de mim.

Quanto mais a água fria caía sobre meu corpo, mais flashes de imagens da noite anterior surgiam em minha mente.

- Estou proibida de beber álcool, principalmente na presença dele. Não consegui me controlar. Que vergonha! - Passei as mãos pelo rosto, fechando os olhos com força. - Como vou conseguir encará-lo agora? Que desastre! Mas, para ser honesta, ainda consigo sentir o gosto dele em minha boca... Ai, meu Deus! O que estou dizendo?

Era Uma Simples SecretáriaOnde histórias criam vida. Descubra agora