Capítulo XXI

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Yasmin e Alina.

Lyanna caminhava lado a lado com Gwen pelos jardins do castelo naquela manhã logo cedo. O dia quente fazia do passeio um mal quase necessário, do contrário, ela preferia se reservar no templo, concentrando sua atenção em suas orações e oferendas aos deuses, o que certamente era o mais apropriado a se fazer considerando que esse era o único destino e objetivo de sua vida.

Às vezes ela se perguntava por que tinha sido escolhida, porque ela entre suas irmãs, porque ela entre tantos integrantes daquela corte, porque ela entre tantos sacerdotes que, com prazer, dedicariam sua vida aos deuses. Sempre considerou que talvez existisse algo de especial em si mesma para receber tamanha honraria, até que cresceu o suficiente para que a honra mais lhe parecesse uma maldição, e única especialidade que sentia em si mesma era que era especialmente solitária.

Não era fácil, via moças de sua idade andando por aí, expondo belos rostos com lábios rosados e cílios alongados enquanto ela precisava cobrir o seu com um véu sempre que saía em público, via suas irmãs se apaixonando, enquanto ela precisava se guardar, via amigos e conhecidos se casando e construindo suas famílias, entre eles, Cassian, o único homem que ela fora capaz de amar em sua vida, mesmo que não devesse, enquanto ela jamais saberia qual era a sensação de fazer algo tão normal.

A verdade é que desde que ela soube do noivado de Cassian uma onda de tristeza lhe invadiu, talvez porque antes ela vivesse numa ilusão criada pela proximidade deles, sonhando que talvez se os deuses vissem o tamanho e a pureza de seu amor por ele a deixariam livre para ser dele, que talvez houvesse uma chance, mas então tudo ruiu numa verdade cruel, lhe lembrando que não, não haveria chances. Ele viveria uma vida ao lado de outra, realizando coisas que ela jamais poderia, enquanto Lyanna permaneceria sozinha, parada no tempo, deixada naquele ponto, naquele exato momento em que ela viu que ele não era dela nem nunca seria.

Isso somado a partida de Morrygan tornava seus dias ainda mais cinzas, não somente porque sentia falta da irmã, o que de fato sentia e muito, mas também, porque mais uma vez ela sentia em suas veias a confirmação da solidão eminente se aproximando. Em breve, todos partiriam, seguiriam suas vidas, seus destinos, e ela permaneceria ali até que se juntasse aos deuses.

— Você está bem? — A voz de Gwen a despertou.

— O que disse? — Lyanna encarou a irmã caçula com certa confusão.

— Perguntei se está bem. — Ela repetiu. — Você está tão calada.

— Só estou pensativa, eu acho. — Lyanna explicou forçando um sorriso.

— Quando você aceitou meu convite de caminharmos pelo jardim ao invés de se trancar naquele templo, achei que teríamos a oportunidade de conversar. — Gwen disse num tom incomodado que fez Lyanna franzir o cenho.

— Nós podemos conversar.

— É mesmo? — Gwen a encarou com atenção. — Não me lembro a última vez que nos falamos de verdade, você se fechou para o mundo, e quer saber, eu entendo, você está magoada, mas eu sinto sua falta. — Completou fazendo a irmã suspirar.

Sim, majestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora