Sim, majestade

Capítulo XLI

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Bem-vindos a mais um capítulo!

Alerta: Estamos no auge do livro, então preparem os corações, porque teremos muitas emoções pela frente. Recomendamos que leiam quando dispuserem de tempo e privacidade para aproveitarem cada emoção e reação que sentirem.

Então boa leitura, e comentem MUITO, porque queremos muito saber o que vocês estão achando!!! E se puderem, recomendem aos amigos.

Obrigada!

Yasmin e Alina.

XxX

Morrygan ofegou alto quando sua carruagem cruzou os limites da cidade de Thulemar. Cada vez que retornava a sua antiga casa sentia uma sensação diferente, mas dessa vez, ela teve plena certeza de que nem mesmo quando a viu queimando durante a guerra se sentiu tão angustiada como se sentia agora. A raiva dominava seu corpo, tão forte que ela mal conseguia respirar quando pararam ao lado da cachoeira, na trilha de Quiméria, por breves segundos antes de continuarem a caminho do palácio.

Não demoraram para vê-lo, praticamente tão destruído quanto a cidade, com partes da muralha caídas, resumida a pedras dispostas desorganizadamente umas sobre as outras, e buracos na sua estrutura, antes tão antiga e conservada. Era um verdadeiro cenário de guerra. A cidade à frente deles ainda cheirava a brasa, ainda havia fuligem no ar. Alguns soldados remanescentes, que transferiram sua fidelidade de Dragon para Amon transitavam de um lado para outro, carregando tijolos, terra e sacos de areia, trabalhando arduamente na reconstrução do que um dia ela chamou de lar.

Ela apertava as pontas de seus dedos uma sobre as outras, enquanto arfava pelo encontro que em breve teria com ele, o homem que lhe dava náuseas somente por imaginá-lo sorrindo vitorioso pelo trono que roubou.

Quando finalmente alcançaram o castelo, puderam ver muitos nobres vindos de diversos lugares, prestigiando Amon com sua presença e apoiando sua reivindicação. Morrygan se lembraria de cada um deles quando fosse oportuno e do apoio equivocado que prestaram. Ela e Alaric desceram da carruagem e se puseram em meio à multidão que se formava na frente do palácio. Não demorou muito tempo para que Amon surgisse imponente na mais alta torre, onde antes era a sala de Dragon, acenando para todos pela varanda, com a coroa sua cabeça. Certamente eles haviam chegado tarde para sua coroação, e ela não se sentia mal por isso, pois não acreditava que teria estômago para tal evento de toda forma.

Quando ele os avistou, entretanto, um sorriso se estreitou em seu rosto enrugado. Alaric lhe fez um sinal, mais como um pedido de permissão para lhe falar, e ele não se negou. Rapidamente acenou para um soldado para que os acompanhasse até seu encontro, onde poderiam falar de maneira mais reservada. Morrygan sentiu o cheiro antes tão genuinamente familiar lotar suas narinas quando cruzou a entrada do castelo e transitou pelos corredores.

— Rei Alaric. — Amon sorriu amistoso caminhando ao encontro deles. — Rainha Morrygan, é um imenso prazer recebê-los em meu reino.

— Seu reino? — Morrygan retrucou ríspida. — Eu não acho que se sentar no trono que roubou de Lyanna faça com que Thulemar seja seu reino. — Completou.

— Morrygan! — Alaric disse num tom enfurecido. — Já falamos sobre isso.

— Falar e concordar certamente são coisas bastante diferentes. — Ela rosnou para ele enquanto Amon deixava um suspiro tranquilo transcorrer por seus lábios finos.