Capítulo XXXI

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Yasmin e Alina.

Morrygan acordou no meio da noite fria. Um arrepio vindo desde a base de seu pescoço correu até o fim de sua espinha fazendo-a se sentar e encolher o corpo sobre a cama. Uma sensação, uma estranheza incomum congelando seus ossos, como um aviso ou presságio, e não era bom, nem um pouco. Seu peito ardia, e ela precisou se levantar para colocar-se a caminhar pelo quarto. A sensação era como a de acordar de um pesadelo e ainda assim continuar presa dentro dele, aos delírios que ele causava. Havia um terror palpável na atmosfera em seu entorno.

Sem conseguir se acalmar, ela decidiu resgatar um roupão de seda para jogar em seu corpo e abriu a porta para caminhar para fora do quarto, caminhando em direção a uma das janelas da torre de onde conseguia observar a floresta que sempre lhe trazia uma sensação de alívio e paz com suas cores variadas ainda que a noite, de uma natureza vívida e diversa. Não sabia se isso tinha a ver com o que tinha acontecido entre ela e Alaric, mas era torturante.

Morrygan apoiou-se sobre a janela e observou as estrelas, o vento gelado batia em seu rosto enquanto ela deixava sua mão acariciar a base da nuca a fim de controlar a angústia que ainda lhe tomava. Não entendia o que estava acontecendo, afinal, a noite era calma apesar de fria, tudo estava perturbadoramente silencioso e tranquilo ao redor do palácio, como de costume, então por que seu corpo parecia continuar querendo alertá-la a respeito de algo ruim que se aproximava?

Suspirou longamente, se forçado a tentar deixar tais pensamentos de lado, forçando-se a encarar a vegetação que se unia ao céu como numa pintura minimamente detalhada, reparando nas alterações de cores e texturas a sua volta. Foi quando então, de repente, algo chamou sua atenção. Mata à dentro, folhas começaram a se mexer sobre as árvores, uma agitação incomum e suspeita, que aumentou a angústia em seu peito e a fez apertar os olhos sobre a face na esperança de visualizar melhor no meio da escuridão, e então, sons, pisos fortes semelhantes a marchas, pássaros voando assustados com o encontro inesperado. Morrygan arregalou os olhos quando entendeu, seu peito arfou em descontrole, e ela correu de volta na direção de seu quarto, mas não adentrou nele, foi mais a frente entrando sem aguardar anúncio do quarto de Alaric.

— ALARIC! ALARIC,  ACORDE! — Ela gritou fazendo-o despertar assustado para encará-la.

— Morrygan, o que houve? — Ele perguntou confuso se pondo de pé, correndo até ela e a segurando em seus braços.

— Acho que estamos prestes a ser atacados! — Morrygan respondeu nervosa, vendo-o arregalar os olhos.

— O que você viu, Mor?

— Pela floresta. — Morrygan estava ofegante. — Não dá pra ver direito, mas algo não está certo, eu consigo sentir, há uma movimentação estranha!

— Tudo bem. — Alaric respondeu acariciando seus braços. — Guardas! — Gritou ele. — Reúnam um grupo a leste do castelo, estamos sob ataque!

— Sim, majestade! — Disse um dos soldados que correu até ele e em seguida saiu dali às pressas.

— O que faremos? — Morrygan perguntou confusa.

— Vista sua armadura e fique protegida, você sabe o que fazer se houver qualquer ataque. — Ele disse enquanto deixava suas mãos buscarem sua armadura para vesti-la rapidamente sobre as roupas. — Fique o tempo todo com sua espada, e se alguém conseguir penetrar o palácio faça o que treinamos!

Sim, majestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora