Capítulo XXIX

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Yasmin e Alina.


Morrygan sentia suas mãos suarem deslizando uma sobre a outra. Guzman tinha razão, ela e Alaric precisavam conversar, e mesmo que aquilo se tornasse uma nova briga, que assim fosse então. Contanto que falassem um com o outro, que expressassem as verdades necessárias um para o outro, valeria a pena.

Ela caminhava pelos corredores do palácio em direção ao quarto de Alaric. Ainda era cedo para que ele estivesse na sala real, e para ser sincera, ela não queria que tivessem aquela conversa num local público, queria que estivessem a sós, cercados por paredes e distantes de todos os olhos e ouvidos que poderiam inibir as palavras que precisavam ser ditas por ambos.

Quando chegou diante da porta de madeira branca do quarto de Alaric, ela acenou com a cabeça para os guardas que não hesitaram em lhe dar passagem para que entrasse. Ao fechar a porta atrás de si, ela viu Alaric direcionar seus olhos para ela. Ele estava terminando de fechar sua blusa sobre o abdômen moreno, mas parou assim que a notou, parecendo surpreso por vê-la ali.

O silêncio pairou entre eles por um breve segundo, como se os dois temessem o que dizer, como se tivessem esquecido como costumavam falar um com o outro, preocupados em escolher as palavras certas.

Para Alaric, vê-la ali, com os cabelos ruivos soltos e volumosos, com o rosto contraído e magoado, vestida dentro de um vestido branco com detalhes em azul que a deixavam ainda mais bela do que ele se lembrava, só fazia seu coração palpitar descontrolado.

SUGESTÃO: OUVIR ALWAYS – GAVIN JAMES

— Mor... — Ele falou quebrando o gelo entre eles. — Eu... Eu não esperava vê-la tão cedo. — Alaric engoliu a seco.

— Acho que nós precisamos conversar. — Ela disse decidida, fazendo-o assentir imediatamente.

— Tem razão, nós precisamos. — Alaric se aproximou dela, fazendo-a sentir seu corpo vacilar com a aproximação dele. — Eu quero me desculpar pelo modo como falei com você anteontem, por ter sido grosseiro e ter gritado, você não... — Ele suspirou longamente. — Você não merece isso, e o modo como agi e as coisas que falei não são nem um pouco do que eu sou também.

Morrygan assentiu as suas palavras, mas ele prosseguiu:

— As coisas que eu disse, elas não são verdade, eu jamais deveria ter dito que não confio em você, porque confio minha vida a você. — Continuou fazendo-a suspirar surpresa com aquela declaração. — E sei o quanto se importa e o quanto se preocupa em fazer um bom trabalho, em ajudar e cuidar de todos. Foi baixo e cruel dizer algo diferente disso num momento de raiva, então, me perdoe, Morrygan, por ter dito coisas nas quais nem mesmo eu acredito, e acima de tudo, por ter te magoado, porque é a última coisa que quero neste mundo.

— Eu agradeço pelas desculpas, Alaric, e as aceito, justamente porque sei que você não é assim, e acho que lhe devo um pedido de desculpas também, por não ter escutado o que você me disse, por ter ido contra a única coisa que me pediu, por te fazer acreditar que eu não o respeito ou me importo com você.

— Fico feliz que possamos ficar bem... — Ele tentou sorrir, mas ela permaneceu séria encarando em seus olhos.

— Não, isso não é o suficiente para ficarmos bem... — Ela engoliu a seco.

Sim, majestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora