Epílogo

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Sejam muito bem-vindos ao nosso epílogo e ao fim dessa nossa amada história.

Agradecemos a cada um de vocês que nos acompanhou até aqui, que não só leram, mas comentaram, compartilharam, deram estrelinhas e se envolveram, que riram, choraram, teorizaram e passaram raiva e alegria com a gente ao longo do processo.

É sempre uma honra ter vocês como leitores, então obrigada de verdade! 

Em breve, virão novos livros, novas histórias e novos mundos para explorarmos juntos, e nós sempre estaremos atualizando vocês por aqui. 

Tenham uma boa leitura, e lembrem-se, isso é só um até logo!

Bom Epílogo.

Alina e Yasmin

XxX

Três anos depois

O sol brilhava no alto do céu de Quiméria. Abaixo dele, sob a área de treinamento nos jardins, os olhos concentrados e astutos se apertavam sobre a face enquanto miravam a flecha para cortar o ar, seguindo o trajeto perfeito para acertar o alvo. O nariz, assim como a testa, se franzia em nome da concentração, os dedos das mãos se avermelhavam pela força que empregavam para puxar a corda do arco. Respirou fundo, precisava acertar, e ela iria acertar.

A flecha foi lançada, atravessou a barreira invisível do ar, acertando precisamente no centro do alvo, fazendo um sorriso orgulhoso se abrir no rosto dela.

— Eu sabia que conseguiria. — Disse Morrygan para Asha, uma das mais novas meninas quimerianas que ingressava em seu grupo de treinamento para meninas e mulheres interessadas em aprender a lutar para se tornarem parte integrante do exército de Quiméria. — Meus parabéns, Asha. — Ela deu uma piscadela marota para a menina que deu alguns breves pulos de alegria em comemoração.

Morrygan caminhou imponente entre elas, observando seus movimentos, disposta a ensinar a cada uma delas tudo o que, naquela mesma idade, lhe foi negado. Ela daria a cada menina, a cada mulher, a oportunidade de ser livre para fazer suas escolhas, e Alaric apoiou sua ideia, achava que era sim a hora de mulheres ingressaram no exército de Quiméria, se assim tivessem o desejo, e ao considerar que a próxima governante na linha de sucessão ao trono era Elisa, sua filha, uma mulher, nada parecia mais justo.

— Separe mais os pés, Freya, ou quando tomar impulso vai acabar caindo! — Ela disse a uma menina de pele negra e olhos grandes que assentiu.

— Sim, comandante! — Ela respondeu. — Quero dizer, alteza, ou...

— Comandante está ótimo. — Morrygan riu para ela que sorriu em resposta. Comandante das forças femininas do exército quimeriano, um título com o qual nunca sonhou, mas que se apaixonou assim que o recebeu. Amava ser rainha, amava ser guerreira, mas algo faltava, e agora, ela não sentia nenhum vazio dentro de si. Estava passando a frente seu conhecimento, descobrindo novos talentos, dando àquelas meninas novas possibilidades, ou ao menos a chance de serem capazes de cuidar de si mesmas, de se defenderem sem precisarem da escolta de um homem. Daria tudo de si para que elas aprendessem tudo o que pudessem e se tornassem excelentes guerreiras, mesmo que nos últimos anos a paz tivesse reinado entre os reinos de Thulemar, Silvestrya e Quiméria.

— Olha ela ali! — Alaric disse se aproximando com a pequena Elisa em seus braços, no auge de seus três anos de idade. Ela vibrou assim que a viu e Morrygan não pôde evitar de sorrir ao ver os dois, e abriu os braços para a filha assim que Alaric a colocou no chão, e com suas pernas curtas ela correu para seu encontro. Morrygan a agarrou forte e a levantou em seus braços, apertando seu corpo o mais forte que podia.

Sim, majestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora