Enquanto riam, o sino tocou pela décima primeira vez, era a vez do chalé de Hermes jogar sua oferenda.
— Nossa vez — Luke disse pegando sua comida e levantando, assim como Chris.
— Nossa vez de quê? — Percy perguntou confuso com a ação deles.
— Queimar as oferendas — Luke respondeu — os deuses gostam do cheiro, e consegue atenção deles antes de fazer uma prece — Luke contou.
— Eles gostam do cheiro de macarrão queimado? — Percy perguntou.
— Eles gostam dos cheiros das súplicas — Chris disse, ele começou a rir e Luke também, depois, o moreno apenas foi até a fogueira.
— Você queima aquilo que mais gosta, assim eles vão saber que é importante, ai eles escutam — Luke explicou indo até a fogueira também, deixando Percy pensativo na mesa.
Após o almoço, todos voltaram a seus respectivos chalés por um período, mas logo voltaram a seus treinamentos, seus afazeres e até mesmo seus castigos.
Percy e os filhos de Hermes voltaram a procurar uma habilidade no garoto, mas dessa vez Chris estava no comando, já que Luke havia sumido na floresta.
Luke, com sua espada em mãos, movia-se entre as árvores da densa floresta que circundava os chalés do acampamento, perto dele havia um riacho pequeno. Cada passo era calculado, cada movimento estudado. Ele não se contentava apenas com a força bruta; sua busca pela maestria na esgrima envolvia uma atenção meticulosa aos detalhes.
A precisão era sua obsessão. Os pés afundavam na terra úmida, e ele ajustava a sua posição para manter o equilíbrio perfeito. A postura ereta, ombros relaxados, olhos focados no horizonte. Cada inspiração e expiração eram cronometradas, a respiração controlada para garantir um fôlego inabalável durante os duelos.
A rapidez era sua arma secreta. Luke praticava movimentos rápidos, deslizando entre os troncos das árvores como se fosse parte delas. Os galhos baixos não o detinham; ele os contornava com agilidade, sem perder o ritmo. Cada golpe, cada parada, era executado com a velocidade de um relâmpago. Não era apenas sobre força, eram detalhes que o faziam ser o melhor espadachim do acampamento.
— Sabia que você estaria aqui — disse uma voz feminina entre as árvores, chamando rapidamente a atenção de Luke.
— Peixinha — ele disse vendo a garota encostada em uma árvore perto dele, com uma espada em suas mãos.
— Chris e Percy estão procurando você — ela informou cruzando os braços, enquanto ele se aproximava dela.
— Eu precisava ficar sozinho um pouco — ele comentou. Andrômeda pareceu estar um pouco desconfortável, como se para ele, ela estava o incomodando.
— Entendo, bem, eu vou voltar pra campina — ela disse virando de costas para ele.
— Não, espera — ele pediu fazendo ela o olhar instantaneamente — fica aqui comigo.
Com cada centímetro de distância diminuindo entre eles, o ar parecia carregado de eletricidade. Seus olhares se encontravam, brilhando com uma intensidade que transcende palavras. Os batimentos cardíacos, antes ritmos independentes, agora dançavam em harmonia, como uma orquestra secreta que só eles podiam ouvir. O mundo exterior desaparecia, e o tempo parecia suspenso. A proximidade era quase palpável, e eles pareciam vidrados um no outro, as mãos quase se tocando, o calor corporal se misturando.
Mas Luke sentiu um frescor no rosto, algo molhado havia o acertado, água. Ele olhou para Andrômeda, que estava com um sorriso travesso no seu rosto, e então ele percebeu que ela havia jogado água nele, com sua habilidade.
VOCÊ ESTÁ LENDO
(1) Daughter of the Sea
FanfictionUma das principais regras entre Zeus, Poseidon e Hades, era proibido ter filhos com humanos. Mas os três foram contra suas regras, principalmente Poseidon. Andrômeda, uma semi deusa que muitos dizem ser uma dos mais poderosos, filha favorita do Deu...