Capítulo 9 - Confusão

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— Ah! Cê ta de brincadeira? Seu velho ridículo — Meddy soltou indo pra cima de Tântalo.

— Meddy!!

— Meddy não!!!

A garota quase conseguiu acertar um soco na cara de Tântalo, mas Clarisse interveio e a segurou, assim como Percy que correu aos tropeços até sua irmã. Logo em seguida Percy mandou Tântalo perseguir um donut, o que só o deixou mais irritado.

Na visão de Tântalo, os pássaros de Estinfália estavam simplesmente na deles, nos bosques, e não teriam atacado se Annabeth, Tyson e eu não os tivéssemos perturbado ao conduzirmos mal nossas bigas.

Ele os condenou a prestar serviço na cozinha — lavar panelas e pratos a tarde inteira na cozinha subterrânea com as harpias da limpeza. As harpias lavavam com lava, em vez de água, para obter aquele brilho extralimpo e matar noventa e nove vírgula nove por cento de todos os germes; portanto, Annabeth e Meddy e Percy tiveram de usar luvas e aventais de asbesto.

Tyson não se importou. Mergulhou as mãos sem proteção e começou a esfregar, mas os outros tiveram de sofrer durante horas de trabalho quente e perigoso, especialmente porque havia toneladas de pratos extras. Tântalo ordenara um banquete especial para celebrar a vitória da carruagem de Clarisse — uma refeição completa, incluindo pássaros-da-morte de Estinfália fritos à moda caipira.

A única coisa boa no castigo foi ter proporcionado a eles um inimigo comum e muito tempo para conversar. No meio da Tarde ouviu-se um estrondo vindo da barreira mágica, Percy e Meddy correram até lá, abandonando seu castigo, para ver o que estava havendo.

Algo estava no topo da colina, dois touros. E não touros comuns, mas touros de bronze, do tamanho de elefantes. E mesmo aquilo não era ruim o bastante. Eles também soltavam fogo.

E os touros estavam se movimentando por toda a colina, inclusive atrás do pinheiro. Aquilo não deveria ser possível. por toda a colina, inclusive atrás do pinheiro. Aquilo não deveria ser possível. As fronteiras mágicas do acampamento não permitiam que monstros passassem além da árvore de Thalia. Mesmo assim os touros de metal estavam fazendo isso.

Um dos heróis gritou:

— Patrulha de fronteira! Aqui! — Clarisse gritou!

— Venha, temos de ajudá-la — Annabeth informou.

Seus combatentes estavam se dispersando, correndo em pânico diante do ataque dos touros. A grama estava em chamas em grandes faixas em volta do pinheiro.

Um herói gritava e agitava os braços enquanto corria em círculos, o enfeite de crina de cavalo em seu capacete ardendo como um cocar flamejante. A armadura da própria Clarisse estava chamuscada. Ela lutava com um cabo de lança quebrada, a outra extremidade estava cravada inutilmente na junta metálica do ombro de um dos touros.

Tirei a tampa da caneta esferográfica. Ela cintilou e foi se tornando cada vez mais comprida e pesada até ele se ver segurando nas mãos a espada de bronze Anaklusmos.

— Tyson, fique aqui. Não quero que se arrisque mais — Percy pediu.

— Não! — disse Annabeth. — Precisamos dele.

— Percy, você sabe o que é aquilo lá em cima? Os touros de Colchis, feitos pelo próprio Hefesto — Meddy informou indo em direção a seu irmão mais novo.

— Olhe, eu não sei do que você está falando, mas não vou permitir que Tyson seja frito — Percy rebateu.

— Percy...

— Tyson, fique aqui. — Ergui minha espada. — Vou entrar.

Tyson tentou protestar, mas Percy já estava correndo colina acima na direção de Clarisse, que gritava com sua patrulha, tentando organizá-la em formação de falange. Era uma boa ideia. Os poucos que a ouviram formaram uma fileira ombro a ombro, encaixando seus escudos para forjar uma parede de couro e bronze, as lanças surgindo acima como cerdas de porco-espinho.

(1) Daughter of the Sea Onde histórias criam vida. Descubra agora