Capítulo 14 - Floresta

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Todos estavam perplexos e atônitos diante da cena que se desenrolava diante de seus olhos. Poseidon, estava entregando seu Tridente, a fonte de todo o seu poder, para sua filha. O ambiente estava carregado de tensão e expectativa, enquanto todos observavam em silêncio.

Luke, com os olhos fixos em Meddy e no tridente que ela segurava, quebrou o silêncio com uma declaração surpreendente.

— Deixa eles irem — disse ele, sua voz envolvida de incerteza. Sua expressão revelava uma mistura de medo e fascinação.

Uma súbita rajada de vento cortou o ar, fazendo com que as velas do navio se esticassem e as ondas aumentassem em tamanho e intensidade. Uma enorme onda se formou e, em um instante, engoliu o convés do navio. A visão era assustadora, com monstros e tripulantes sendo levados pela fúria das águas.

Enquanto lutavam para se manterem em pé,  perceberam algo incomum naquela onda avassaladora. Próximo a Meddy, surgia um rosto masculino, majestoso e imponente. Era Poseidon, que havia se manifestado para proteger seus filhos.

Enquanto o caos se desenrolava ao seu redor, o bote salva-vidas balançava perigosamente na lateral do navio, suspenso a uma altura vertiginosa acima das águas revoltas. Annabeth e Tyson lutavam para operar a polia de lançamento, mas o esforço parecia em vão diante da força da tempestade.

Meddy permanecia imóvel, segurando firmemente o Tridente, enquanto Percy, se aproximava dela com determinação. Juntos, eles correram em direção ao bote salva-vidasz.

— Segurem-se! — Percy gritou e cortou as cordas caindo no oceano.

— A garrafa térmica! — Meddy gritou enquanto despencavam para a água.

— O quê? — Percy deve ter pensado que ela tinha perdido a cabeça.

Mas Annabeth entendeu. Conseguiu abrir o saco de viagem e tirar de lá a garrafa mágica sem largar o saco.

Flechas e dardos passaram por eles, assobiando. Meddy agarrou a garrafa térmica e torceu para estar fazendo a coisa certa.

— Segurem firme!

— Eu estou segurando firme! — gritou Percy.

— Mais firme!

Meddy ainda segurando o tridente, deu um quarto de volta na tampa da garrafa. No mesmo instante, uma lufada branca de vento escapou e os arremessou para o lado, transformando o mergulho vertical em uma aterrissagem de
emergência a quarenta e cinco graus.

O vento pareceu dar risadas quando escapou da garrafa térmica, como se estivesse contente por se ver livre. Quando atingiram o oceano, bateram uma, duas vezes, quicando como uma pedra, e então dispararam como uma lancha, com água salgada borrifando o rosto e nada além de mar à nossa frente.

O Princesa Andrômeda foi ficando menor a distância, até parecer um barquinho branco de brinquedo, e depois desapareceu.

Uma hora depois, estava quase anoitecendo, eles avistaram terra — uma longa extensão de praia com edifícios altos de hotéis. A água se tornou abarrotada de barcos de pesca e petroleiros. Uma lancha da guarda costeira passou a estibordo, depois virou como se quisesse dar uma segunda olhada. Acho que não é todos os dias que eles veem um bote salva-vidas amarelo sem motor navegando a cem nós por hora.

— Aquela é Virginia Beach! — disse Annabeth quando nos aproximamos do litoral. — Ah! meus deuses, como o Princesa Andrômeda chegou tão longe em um dia? São cerca de...

— Quinhentas e trinta milhas náuticas — disse Percy. Ela olhou para o loiro.

— Como você sabe?

(1) Daughter of the Sea Onde histórias criam vida. Descubra agora