Capítulo 22 - Primo?

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— Vá para Santa Monica — disse a voz.

— O quê? — o loiro perguntou curioso.

— É desejo de seu pai, antes de ir ao Mundo Inferior, vá à Santa Monica — ela pediu.

Enquanto ele ouvia aquela voz, muitos carros de polícia, bombeiros, ambulâncias chegaram ao local, estavam curiosos sobre o que ocasionou aquele enorme buraco no monumento.

Annabeth, Grover e Meddy estavam preocupados, ainda mais Meddy, ela estava com os olhos vermelhos e lacrimejando, estava chorando, pensava que seu irmão havia morrido, estava apavorada, não podia perdê-lo agora, ela estava tão feliz de ter um irmão, e naquele momento ela temia ter o perdido.

A polícia pegava os depoimentos das pessoas, enquanto Meddy desapareceu de perto de Annabeth e Grover, foi em direção ao rio, perto de algumas árvores que tinham ali.

— Pai, por favor — ela disse chorando enquanto olhava para a água, não suportaria perder o irmão.

Ela chorava ainda olhando para a água, nervosa com tudo aquilo, ela havia perdido seu irmão e havia decepcionado seu pai, em não cumprir o que ele havia pedido a ela. Mas ele estava ali, ao seu lado, quando ela o chamou, ele atendeu.

— Andy — ele disse, fazendo a garota o olhar e ele ver seus olhos cheios de lágrimas.

— Pai me perdoe, eu falhei, falhei com o senhor — ela disse indo até ele e o abraçando.

Era algo incomum, totalmente incomum, os deuses não estavam acostumados com esse tipo de afeto vindo de seus filhos, e ela o abraçou. Poseidon, por um segundo, ficou sem reação, mas ao perceber que ela apenas queria o conforto dele, pois estava mal, ele retribuiu o abraço e passou a mão em seus cabelos.

— Tá tudo bem, eu to aqui, ta tudo bem, minha pérola, ta tudo bem — ele disse, a afagando enquanto ela parava de chorar. — O Percy ta vivo — ele contou — tá tudo bem, só respira.

Ela respirou, então percebeu que ela estava com a cabeça encostada no tórax de Poseidon, percebeu estar sendo abraçada pelo deus do mar, ela havia abraçado seu pai. Ela se afastou cautelosa, mantendo a distância corporal normal deles e se arrependendo por ter o abracado.

— Me desculpa — ela disse envergonhada.

— Deveria fazer isso mais vezes — disse sorrindo — Percy está bem — ele contou e ela concordou com um aceno da cabeça — você deveria voltar a seus amigos — ele informou.

— Ta bem.

Ela saiu de perto do deus, foi em direção de Annabeth e Grover, que assim que a viram, a morena disse:

— Onde você tava?

— Fui ver se a Equidna ainda tava ali — ela disse mentindo, enquanto Grover olhava para os policiais à sua frente.

— Estão olhando pra gente — Grover disse, vendo os policiais e alguns outros mortais olharem para eles.

— É — Annabeth disse olhando para três senhoras tricotando.

— Então, é melhor a gente sair daqui, não acha? — Grover perguntou e ela continuava olhando, até que uma das senhoras cortou o fio de lã — elas estão olhando direito pra gente.

— O quê? — Annabeth perguntou, finalmente olhando para o sátiro, e ele gesticulou para olharem os homens à frente deles.

— Vamos encontrar o Percy — Meddy disse.

— Meddy...

— Ele ta vivo, eu sei — Meddy disse confiante.

Eles foram até perto do rio, longe do Arco, e começaram a gritar o nome do garoto, procurando qualquer sinal dele. Até que, em um desses caminhos, os três pararam, lá estava ele, subindo no píer, estava bem melhor, parecia saudável.

(1) Daughter of the Sea Onde histórias criam vida. Descubra agora