Uma Luz no Caminho

C:7

Lucas:

Então retribui o abraço, sentindo o seu cheiro o empurrando em seguida, com a desculpa de que preciso ir embora até outro dia Carlinhos o deixando para trás .

Ele apenas fala alto amanhã estarei aqui a sua espera no final da tarde para conversarmos.Não respondo por estar confuso.O que ele deseja conversar comigo um caipira do interior,sem assunto ele um homem culto da cidade grande,melhor esquecer esse assunto ao retornar para casa já é  tarde minha mãe pergunta por onde eu andava meu pai havia procurado por mim mais cedo .

Apenas lhe respondo que estava no campo, e que estava distraído não percebendo o tempo passar pedindo  desculpas entrando ao encontro do meu pai, que estava furioso por meu sumiço.

Já sabendo que como sempre, começaria a falar um monte de idiotices ao meu ouvido,quando será que vai perceber que sou um homem e não mais aquele menino assustado com toda a sua agressividade.

Um dia vou tomar coragem e sair dessa casa,quando mais esse homem envelhece mais estupido vai ficar meu sangue não é de barata, ao anoitecer estou deitado em minha cama olhando pela janela o luar e pensando no abraço que Carlinhos calmo ele é carinhoso nosso encaixe foi perfeito.

E a primeira vez pude ter um contato mais próximo com outro homem, que não fosse o meu pai, esse bruto .

Amanhã estarei lá para nós encontrarmos, e conversar sobre qualquer coisa aquele local quase ninguém conhece ou se aproxima para qualquer coisa mesmo pq a vida no campo não é fácil muito trabalho o dia inteiro no final da tarde os funcionários estão voltando para suas casas estar com as familias, vou a cavalo assim poderia retornar o mais rápido que possível sem que pudessem sentir a minha falta.

Antes do jantar será o melhor momento, será que ele vai estar à minha espera.

Será nosso primeiro encontro,depois de todos os outros repletos de confusão e desentendimentos por nossa própria ignorância . 

Depois de um dia de muito trabalho, voltando para casa,saindo sem que pudessem  perceber fui ao estábulo pegando o meu cavalo, seguindo para o rio,ao chegar no local ele já está lá sentado em uma pedra e desta vez vestido.

Vou me aproximando ele sorriu, sentando ao seu lado estava suado ele passa a mão em meu rosto com delicadeza pergunta como foi meu dia .

Então começou a falar sobre um pouco de sua vida que nós não seremos inimigos por causa de nossas famílias .

Que poderemos sair juntos para tomarmos um café na cidade no meio da tarde,ou se desejar poderá visitar o seu escritório onde trabalha na hora do almoço quando tudo estiver mais  vazio.

—Passando a mão no rosto de cansado digo: que vou pensar por causa se alguém nos ver juntos pode haver comentários na cidade, e chegar ao ouvidos de nossas famílias teremos contendas nos despedimos ele me puxa pelo braço e nos esbarramos com os lábios se encostando, ficando paralisado com essa situação inusitada.

Ele me beija apenas encostou seus lábios ao meu sem forçar uma maior intimidade entre nós, se afastando em seguida .

Falou: Lucas um homem pode gostar de outro,isso é natural por todo o mundo inteiro haverá pessoas como nós .

Digo: Nao,Carlinhos isso é pecado,não quero ir para o inferno .

—Ainda que isso possa acontecer um dia,nós vamos juntos, eu não vou deixar você ir a lugar nenhum sem que eu esteja ao seu lado .

—Nossas famílias esperam muito de nós,carlinhos,casar e ter filhos meus olhos se encheram de lágrimas por estar confuso em meus sentimentos.

— Compreendo a sua atitude e comportamento.

Durante alguns dias não fui mais àquele lugar, um grande conflito se espalhou em meu ser cada vez ficando mais em silêncio.

Com a dor dos meus conflitos internos pela sociedade e outros por minha família que são extremamente religiosos e conservadores .

Lucas:

Todos estranharam o meu comportamento, ele veio até ao armazém apenas para me ver ficando distando sem manter contato talvez com receio em ser maltrato ,coisa que jamais faria pois ele é o motivo de minha alegria seu escritório fica no final da rua ,as vezes também faço o mesmo passando pela frente apenas para o ver a distância.

Isso não pode ficar dessa maneira, amanhã vou até o rio para ver se ele estará no local  à minha espera como os outros dias .

Assim o faço, ao me aproximar do local o vejo distante sentado na mesma pedra, lendo um livro que está aberto em sobre suas pernas.que homem diferente  ele me ver e se levantou surpreso com a minha presença.

Vou me aproximando,sem falar uma única palavra até chegar em sua frente colocando as mãos em seu rosto fechando os olhos e  beijando os seus lábios pequenos e vermelhos, ele abre sua boca dando passagem a minha língua que se tocam em uma mistura de sensação e prazer, ele passa seus braços abarcando em minha cintura subindo  sua mão até minha nuca, passando meus cabelos entre seus dedos.fazendo carias o vento frio do final da tarde passando entre nossos corpos o que nos faz ficar mais próximo um do outro.

—Beijando seu pescoço com delicadeza, colocando ele em meus braços carregando seu corpo, sua estrutura é menor que a minha, seu corpo é  distribuído em proporções iguais.Todo delicado seguindo caminhando até a copa de uma árvore sentando o deixando em meus braços .

Digo: Estava sentindo muita saudade de voce, todos os dias estive neste lugar a sua espera, nunca consegui perder a esperança  de que poderia aparecer novamente, de certo não foi em vão agora está aqui em meus braços e não vou deixar com que possa partir novamente sem que saiba de meus sentimentos .