18

491 26 1
                                    

Thais 🎀

Acordei hoje cedinho com o Rodrigo me ligando, sinceramente viu. Ele disse pra que eu levasse as coisas que sobraram aqui pra casa dele, que o churrasco seria lá e assim que eu desliguei, fui direto pro banho. Escovei os dentes ali mesmo e sai passando um óleo no cabelo.

Ajeitei ele todo bonitinho, coloquei um cropped branco e um short jeans. Peguei alguns colares e anéis, ajeitando eles sobre a minha pele. Minha mãe saiu do quarto dela com um vestido e pegamos as coisas, saindo de casa.

Coronel:Cadê o brutus? –Parou o carro com os vidros abaixados e eu lembrei do meu cachorro. Péssima mãe de pet.

Coloquei as coisas no banco de trás ao lado da minha mãe, entrei de novo em casa e peguei o brutus junto da sua caminha. Tranquei a casa e entrei ao lado do motorista.

Coronel:Vem cá bebezão. –Puxou o brutus de mim me dando um selinho e colocou o cachorro no colo dele. Aí como eu queria ser esse cachorro.

Rodrigo dirigiu até a casa dele, que nem era longe, mas levar essas coisas andando nem dá. Ele desceu entregando o brutus pra minha mãe e ela só entrou quando o Rodrigo disse que íamos levar tudo, pra ela não se preocupar com isso.

Thais:Que foi? –Perguntei sentindo ele pressionar o meu corpo no carro e olhar no fundo dos meus olhos. Aí Jesus! –Hum? –Perguntei num sussuro e ele roçou o lábio no meu, me fazendo fechar os olhos e suspirar.

Coronel:Nada. –Respondeu apertando a minha cintura e me beijou. Rodrigo pediu espaço com a língua e eu cedi, sentindo ele explorar cada canto da minha boca. Era um beijo lento e calmo, mas a minha intimidade já pulsava, só de pensar no resto.

Senti ele apertar a minha bunda e gemi no meio do beijo, vendo ele se afastar, mas voltar em seguida. Esse era diferente, era com mais desejo. Eu podia sentir a vontade que ele tinha em me ter ali, em meter em mim. Nos separamos finalizando com três selinhos e os olhos dele mostraram um certo fogo.

O seu olhar fazia eu me sentir como se fosse a única, a única pra ele. Como se eu fosse dele e de mais ninguém. Como se quando alguém me tocasse e não fosse ele, eu não sentiria a mesma coisa. O mesmo desejo. O mesmo fogo. A mesma sensação. O mesmo tesão.

Coronel:Tu tá muito gostosa. –Falou no meu ouvido e eu afundei o meu rosto no seu pescoço, sentindo o perfume. –Vamo lá...

Me soltou e eu resmunguei, mas ajudei ele a levar as coisas. Guardei tudo na cozinha e antes de fazer o almoço fui falar com todo mundo. Minha mãe me olhou como se quisesse dizer que eu demorei e eu soltei um sorriso. Cumprimentei todo mundo que estava ali. Só não tinha a mãe e a irmã do R10, pelo que parece a irmã dele está na ong hoje, fazendo fisioterapia e a mãe foi junto.

Rodrigo assumiu a churrasqueira com o amigo dele e eu arrastei a Valéria dali, deixando só a minha mãe e a dela lá, batendo um papo. Entramos na cozinha com ela me contando do natal dela e dizendo que era pecado, mas tinha transado com o R10, bem no natal.

Thais:Pecado é, mas já tá feito. –Ela riu temperando o resto das carnes e eu apaguei o fogo do arroz. Fiz um vinagrete, uma farofa e a mandioca ainda estava cozinhando.

Valéria:Não usamos camisinha. –Falou me olhando e eu larguei a colher dentro da vasilha do vinagrete. –Eu até tomo remédio, mas ainda não comprei de novo, porque eu tomo aquele que você tem que ficar sete dias sem tomar...

Thais:Não dá vacilo, amiga. Filho é benção, mas no meio da faculdade não dá. –Ela assentiu e eu peguei uma pílula do dia seguinte na minha bolsa. –Nem sei se vai adiantar, mas toma.

Valéria:Obrigada! –Balancei a cabeça negando e ela riu de nervoso tomando o remédio. Perguntei pra ela o porque não usaram e ela disse que foi no calor do momento.

Vai no calor do momento que nove meses depois vem seu presente de Deus. Primeiro que pra mim nem tem essa de calor do momento, morro de medo do bofe ter doença, vai saber. Finalizei tudo ali e levei lá pra fora, colocando na mesa que minha mãe e a Luciana estavam sentadas.

Luciana:Que foi que vocês estão com cara de desconfiadas?

Valéria:Nada, mãe. Só descobrimos uma fofoca ali e ficamos assim, perplexas. –Mentiu e a mãe dela não pareceu acreditar. Também, não sabe mentir.

Vi o brutus dentro da piscina e sorri tirando uma foto dele. Todo lindinho e aproveitando mais que todo mundo. Ele me viu, saiu de lá e veio correndo pulando nas minhas pernas, tive que pegar ele e levar até o Rodrigo.

Coronel:Bebezão. –Falou fazendo voz de criança e o brutus latiu pra ele, mas em seguida lambeu seu rosto. –Po, cuzão. Aí tu tirou com a cara do teu pai.

Fiz cara feia pra ele que nem ligou pra mim. Só vou deixar ele ser o pai pro meu cachorro não ficar órfão de pai. Brutus lambeu meu rosto e eu desci ele do meu colo, vendo ele correr pra piscina de novo, ele corria muito engraçado. Me sentei na mesa abrindo uma latinha de cerveja e o R10 junto do Rodrigo só vinham trazer as carnes. Ótimo natal.

AmanhecerOnde histórias criam vida. Descubra agora