Carlos Sainz
As luzes da cidade neon se acendiam, criando um mar cintilante que contrastava com a escuridão da noite. A adrenalina percorria minhas veias enquanto me preparava para a corrida mais esperada do ano: o Grande Prêmio de Singapura.
Lando, ao meu lado, estava com o mesmo entusiasmo, mas com um toque de ansiedade em seus olhos.
– Seria incrível se eu conseguisse minha primeira vitória aqui - ele disse, sua voz carregada de esperança.
Assenti, colocando meu braço em sua cintura
– Você está pronto, Lando. Acredite em si mesmo.
O rugido dos motores ecoava pelas ruas estreitas de Singapura enquanto os carros se posicionavam na largada. A primeira fila era nossa: Eu em primeiro e Lando em segundo.
As luzes se apagaram, e a corrida começou. Mantive a liderança, enquanto Lando lutava contra os outros pilotos para me manter em segundo.
Volta após volta, a batalha se intensificava. Eu defendia minha posição com unhas e dentes, enquanto Luando buscava uma oportunidade para me ultrapassar.
Na volta 10, acabei errando e Lando me passou sem nem pensar duas vezes.
Na volta 20, fizemos nosso primeiro pit stop. A equipe fez um trabalho impecável, me devolvendo à pista na frente de Lando que teve um problema em seu pit stop.
Lando se manteve em segundo, mas a frustração era visível em seu rosto. Ele tentava se aproximar de mim, mas eu estava determinado a manter a posição.
A partir daquele momento, a corrida se tornou um duelo de estratégias. A equipe de Lando tentava inventar algo para que ele me ultrapassasse, mas nossa equipe estava sempre um passo à frente.
Nas últimas cinco voltas, a pressão era enorme. Eu sabia que Lando estava dando tudo de si para me alcançar, mas eu não podia vacilar.
Com o coração batendo forte, cruzei a linha de chegada em primeiro lugar. A alegria era indescritível.
Lando chegou em segundo, com um sorriso de admiração no rosto.
– Parabéns, Amor - ele disse, me abraçando. – Você mereceu a vitória.
No pódio, enquanto a bandeira espanhola tremulava ao vento, senti uma mistura de emoções: orgulho, felicidade e gratidão.
Agradeci à equipe, à minha família e aos meus fãs pelo apoio incondicional.
Mas a maior alegria foi ver o sorriso de Lando. Ele não havia vencido a corrida, mas havia aprendido uma lição importante: a persistência e a dedicação são recompensadas.
Naquela noite, em Singapura, celebramos a vitória, mas também celebramos a amizade e o companheirismo. E sabíamos que, juntos, ainda conquistaríamos muitas outras vitórias.
A adrenalina da corrida ainda pulsava em minhas veias enquanto cruzávamos a porta de casa. A casa, antes silenciosa, se encheu de vida com a voz angelical de Alice, que corria em nossa direção como um raio de sol.
– Papai, você ganhou! - ela exclamou, seus olhos brilhando de felicidade. – E você também, papai Lando! Vocês são os melhores pais do mundo!
Um sorriso radiante se formou em meu rosto enquanto a observava. A inocência e a pureza de Alice eram um colorido para a alma, um refúgio seguro após a tempestade da corrida.
Nos ajoelhamos e a abraçamos com força, rindo e agradecendo por suas palavras gentis. Naquele momento, todas as tensões e frustrações da corrida se dissiparam, dando lugar à paz e ao aconchego do lar.
– Obrigada por nos receber com tanta alegria, Alice - disse Lando, com um sorriso no rosto. – Você é a nossa maior recompensa.
Alice deu um beijinho em cada um de nós e correu para pegar seus brinquedos, ansiosa para nos contar sobre seu dia.
Enquanto observava Alice brincar, senti a mão de Lando em meu ombro.
– Preciso te falar algo - ele disse, sua voz baixa e hesitante.
Nos dirigimos ao quarto, onde Lando se sentou na cama e começou a chorar.
– Eu não fui bom o suficiente - ele disse, sua voz embargada pela emoção. – Eu deveria ter vencido.
Meu coração se apertou ao ver Lando daquele jeito. Abracei-o com força, sussurrando palavras de conforto em seu ouvido.
– Lando, você é um piloto incrível e você vai vencer muitas outras corridas, eu tenho certeza.
– Eu não sou bom em nada, não consegui nem segurar meu próprio choro em frente a nossa filha Carlos.
Mas Lando não se convencia. Ele se afastou de mim e começou a andar pelo quarto, gesticulando e falando palavras desconexas.
– Eu falhei. Eu... eu decepcionei a todos. Eu não sou bom o suficiente.
A crise de Lando me assustou. Eu não sabia o que fazer. Sentei-me na cama e o observei, impotente, enquanto ele se despedaçava em lágrimas.
De repente, uma ideia me veio à mente. Levantei-me e peguei meu violão. Sentei-me ao lado de Lando e comecei a tocar Salvatore de Lana del Rey, uma música que sempre o acalmava.
A melodia suave e melancólica começou a fazer efeito. Lando se sentou ao meu lado e se encostou em meu ombro, seus soluços diminuindo gradualmente.
Continuei a tocar e cantar, colocando todo meu amor e carinho na música. Aos poucos, a respiração de Lando se acalmou e ele se aconchegou em meus braços.
Quando a música terminou, Lando estava em um sono tranquilo. Eu o coloquei na cama e o cobri com um lençol.
Sentei-me ao lado da cama e observei seu rosto sereno. A culpa e a frustração que o consumiam momentos atrás agora haviam dado lugar à paz.
Naquele momento, eu soube que o amor que nos unia era mais forte do que qualquer desafio. Era um amor que nos curava, nos confortava e nos dava a força para seguir em frente.
Apaguei a luz e me deitei ao lado de Lando, abraçando-o por trás. Adormecemos juntos, de conchinha, com a certeza de que, juntos, superaríamos qualquer obstáculo que a vida colocasse em nosso caminho.
Calma pequeno Lando, você ainda terá a sua glória!!!
Espero que tenham gostado 🫶🏻🫶🏻
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Rivais na Pista - Carlando
Hayran KurguCarlos Sainz Vasques de Castro e Lando Norris uma chama que se acendeu e nunca mais apagou, uma história de amor com muitos contratempos e inúmeras dificuldades encontradas pelo caminho, rivalidade nas pistas e sorte no amor! Sem Plagio né amores po...