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Bom diaaaa com att pra vcs. Espero mais comentários dessa vez, detalhes do que estão achando até aqui, o que esperam que vai acontecer, se já odeiam menos a Lauren... essas coisas haha tem capítulo pronto, então, só depende de vcs a demora para atualizar rs

Segue no Insta, as vezes ponho spoilers: Mary_sk83fs

Boa leitura, comentem muito, e Bijundas 😘


Entrou em casa ainda com o coração abalado. Seus olhos avelãs marejados, vermelhos de todas as lágrimas que já derramou. Não teve consolo, nem mesmo quando Robert a questionou o que houve. Tudo o que foi capaz de fazer, além de chorar copiosamente, foi defender Lauren e dizer que a morena não havia feito nada, quando o motorista questionou se o motivo do seu estado tinha relação com a estudante. 

Não quis conversar, e obrigou-se a fazer exercícios de respiração a cada vez que sentia-se prestes a perder o ar. A garganta ardia, parecia tragar espinhos extremamente afiados. O bater do seu órgão no peito era tão alto e forte, que ouvia-o pulsar nos ouvidos. 

Chorou por tanto, culpou-se por ainda mais, que já não sabia dizer para onde seus pensamentos a estavam levando. Era como estar em um labirinto de pensamentos, culpas, tortura. Via-se tentar fugir, arrumar justificativas, mas era de fato como se não houvesse saída. 

Não percebeu que o caminho se fez mais longo, já que, diversas vezes, Robert parou no acostamento, dando-lhe um tempo. Sabia que ela não gostaria de chegar aquele estado em casa, e, vendo que ela tentava se recuperar sozinha, fez o que pôde, mesmo desesperado. 

Seus pais estavam ali, ainda sem se falarem, mais estremecidos do que na época em que a dita traição ocorreu. Deparou-se com eles sentados na pequena sala na entrada do Hall, que antecedia á sala de estar, e recebia uma ótima luz da janela alta, além de dar uma bela vista do amplo jardim até os portões. Estavam sentados cada um em uma poltrona, de frente um ao outro, e com a mesinha de centro alta entre eles. 

Alejandro, com uma pasta em mãos, lia documentos, as roupas informais, ainda que bem alinhadas, sapatos, e seu charuto - apenas para ter o prazer de irritar a esposa. Enquanto Sinuhe, na outra extremidade, possuía um notebook no colo e digitava com a graça e agilidade de uma mulher de negócios, mas também trajava roupas simples - na visão deles do que era simples, ao menos. Ambos despreocupados e inertes em suas funções de trabalho. Precisavam repassar um plano de ação para a reunião que teriam naquela segunda, e não queriam usar o escritório, tentando deixar as coisas menos sérias, mesmo que tratassem de negócios naquele domingo á tarde. 

Camila travou assim que se deparou com eles, um pouco surpresa por encontrá-los ali, confortáveis, despreocupados, e trabalhando

Sua garganta arranhou, o desejo de chorar lhe veio forte outra vez, como uma onda, mas pressionou os lábios e obrigou-se a ter algum controle sobre si. Não podia acreditar que eles estavam ali, numa postura tão passiva e tranquila e não tiveram a consideração de mandar uma mensagem, fazer uma ligação, nada! 

Seus olhos foram até a mesinha alta e encontrou ambos os aparelhos celulares sobre ela, junto de um copo de uísque, algo que seu pai apreciava beber, e uma xícara de - se pudesse chutar - chá de hortelã - que sua mãe costumava tomar aos domingos. 

Inclusive, custou alguns longos segundos até eles se darem conta de sua presença, estática no primeiro degrau, ao lado deles. Era difícil á ela acreditar que sua presença soava tão... insignificante aos seus progenitores, pior ainda, constatar que era praticamente invisível aos seus olhos. 

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