Ossos do Amor

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Boa tarde/noite! Necessito de comentários para me divertir, tal qual eu divirto e entretenho vocês postando. Acho uma via de mão dupla bastante justa haha. Espero que gostem do capítulo, e que se lembrem de que, quanto mais comentários tiver, mais inspirada eu fico, voltando mais rápido hehe

Obs.: ignorem os erros de hj, se tiverem mais que o comum, não tenho dormido a quase dois seguidos. É isso. Fé!

Boa leitura e Bijundas 😘

Camila não imaginou que a roupa que Harry fosse lhe emprestar se resumisse num shorte de dormir de flanela com vários rostos de Madonna, e um casaco de Harvard lilás, tão grande em si que cobriu o short e um pouco da metade das suas coxas. Ainda sim, se sentiu coberta, quentinha e confortável, e isso foi o que contou.

No quarto do rapaz, ainda fizeram um retoque e variações na maquiagem, enchendo o rosto bronzeado de porpurina ao redor dos olhos com delinedo de gatinho e muito gloss naqueles lábios cheios.

Camila soltou os cabelos, pois os grampos do coque estavam começando a lhe incomodar. As madeixas caíam em ondas soltas ao redor dos seus ombros e sobre o capuz, a franja tampando o pequeno curativo ainda na testa.

Saíram do quarto de mãos dadas. Harry muito animado e Camila um pouco receosa. Ainda não sabia dizer se era pela possível reação de Lauren ao perceber que ela não tina partido, ou se pelo friozinho na barriga pelo desconhecido que estava disposta a explorar. Sendo um, ou outro, criou coragem e seguiu com Harry corredor à fora. Passaram por uma espécie de túnel onde muitos casais usavam as paredes do corredor de motel. Camila viu coisas que gostaria de não ter visto, e tampou o rosto com uma das mãos a medida em que passavam.

Sairia daquela festa traumatizada.

Tão logo se viram na sala, no ambiente mais caótico do apartamento, e foram encontrados por Dinah. A loira tinha uma garrafa de uísque na mão e um copo vermelho na outra, mas isso não a impediu de jogar os dois braços sobre seus ombros e lhes dar um beijo, em cada um, na bochecha.

- Bebe aí, Chancho! - Gritou para a latina, já um pouco alta. Camila não fazia ideia do que Dinah a chamou, mas curtiu e deu de ombros. Gostava demais daquela loira.

- Vamos fazer um vira-vira - Harry propôs, falando tão alto quanto a outra e lhe tomando a garrafa das mãos. A música ali era mais alta do que nos restantes dos cômodos ou nas pontas. Estavam no epicentro do caos e a comunicação deveria ser como vozes mais elevadas.

Fazendo um pequeno círculo entre os três, Harry vira metade da líquido no copo vermelho de Dinah. Pagou-a das mãos dela e entregou à Camila.

Ao som de Yeah 3x, uma música bastante ultrapassada, mas que todos pareciam estar curtindo como se estivesse bombado no Top 10 do Spotify, Camila contou até três com Harry e Dinah, e, num fôlego encorajador, exatamente quando o refrão estourou na caixa, virou o copo.

A ardência que encontrou pareceu queimá-la por dentro, nada acostumada com aquele tipo de bebida. Estava tendo a garganta rasgada de fora a fora, no entanto não parou. Os gritos de incentivo que vinham de Dinah e de alguma pessoas ao redor deles, assistindo a cena, lhe deu coragem o bastante para continuar a tortura.

Havia acabado de entrar numa competição com Harry, que virava a garrafa em goles tão grandes que lhe escorria pelo queixo, e nem se dera conta.

Como já estava um pouco alto, Harry decidiu deixar a latina ganhar. Fingiu não ter dado conta, apenas para que ela parasse também. Sendo sua primeira vez, ingerir aquela quantidade toda e tão rápido seria quase um suicídio ao seu fígado.