18.

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• Vitória •

— É tão bom voltar pra cá! — Falei olhando a janela do carro.

— Ae, chegamos!

— Mas já?!

— Uhurum. — Descemos do carro — E aí seu José — Cumprimentou o porteiro.

— Hooi, Teto. Muitas viagens?

— Que bom né, seu José, mais dinheiro pra conta.

— É. — Riu — E essa moça?

—Oii. — Abanei.

— É a minha namo- minha amiga.

— Hehe, tô vendo. Tchau, menino.

— Tchau seu José. — entramos

— Ele parece legal. — Falei.

— Ele é.

— Aqui é bem grande né? — Chamou o elevador. — Que andar cê mora?

— Cobertura.

— Uii, que chique — O elevador abriu.

— Gustavo?! — Falei surpresa, mas com medo.

— Vitória?

— Você conhece ele, Vih?

— Ele mora aqui?

— Moro. — Gustavo falou sorrindo.

— Quem que é ele?!

— É... — Gaguejei

— Ex namorado dela. — Estendeu a mão. — Prazer. — Teto olhou pra mão dele e olhou pra cara dele de novo sério. Apertei o botão do elevador rápido pra subir antes que o Gustavo saísse do elevador.

— Uau...

— Tô igual a você, Teto.

— Ainda gosta dele?

— O que?! Teto, não!

— O jeito que você olhou pra ele foi... — Suspirou. — Deixa, vamos pegar o outro elevador. — Ele chamou outro elevador e agora subimos. — Bem-vinda. — Abriu a porta.

— Que lindo, Sávio.

— Fica à vontade.

— Não vai me mostrar a casa?

— Você pode ver. — Falou seco.

— Ah não, Teto! Você não vai ficar assim só porque eu encontrei meu ex né? O a gente já terminou faz um tempo, não tenho mais nada com ele!

— Parece que você ainda gosta dele, sei lá.

— Mas não gosto! E também, por que você tá assim? Nós não somos nada, não sou apenas sua amiga?! — Repeti o que ele falou pro porteiro

— É realmente! Mas você sabe bem o que eu sinto por você, Vitória! Talvez você não tenha aceitado ficar comigo porque ainda gosta dele.

— Não tem nada haver uma coisa com a outra, Teto! Você não sabe do meu passado!

— Tá dizendo que o problema sou eu?!

— Eu não falei isso! Não vem botar palavras na minha boca.

— Talvez foi uma péssima ideia você ter vindo aqui.

— Então eu vou embora! — Peguei minhas coisas e saí.

— Vih... — Me chamou, mas ignorei fechando a porta na cara dele.

Chamei o Uber pra casa da minha mãe. Espero que ela esteja lá.

Poesia | TetoOnde histórias criam vida. Descubra agora