27.

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• Vitória •

Acordei e vi o Teto sentado na cama mexendo no celular.

— Bom dia, preto.

— Bom dia. — Me beijou. — Dormiu bem?

— Uhurum. — Deitei minha cabeça no seu colo.

— Cê quer conhecer meus pais hoje? — Perguntou

— Pode ser, vai legal conhecer seus pais.

— Mas daí a gente vai ter que dormir lá, é meio longe pra voltar depois.

— Não tem problema.

— Vou arrumar minhas coisas e depois vou encontrar o Tuê e o Wiu no estúdio, quer ir junto? — Se levantou e pegou uma mochila de trás da porta.

—Tenho que ir pra casa arrumar as minhas.

— Ae, eu te levo em casa então.

— Valeu.

— Como que o nome da sua mãe? Daí eu vou lá ver ela e nem o nome eu sei coitada. — Riu

— Eu nunca te falei?

— Não, nem do seu pai.

— Minha mãe e Adriana, meu pai Clériston.

— Um nome pior que o outro, Deus me livre. — Rimos.

— É o nome do seu namorado, tá?

— Pelo menos meu namorado é bonito. E seu pai?

— Se minha mãe casou com ele acho que é.

— Que feio, chamando seu pai de feio. — Ele estalou a língua no seu da boca e foi pro banheiro enquanto eu ri.

...

— Aonde que é pra gente ter que pegar avião?

— Bahia.

— Aé, tinha me esquecido. Qual que é o nome da cidade mesmo?

— Jacobina.

— Bem nome de interior mesmo.

— E é bem interior mesmo, minha mãe é vereadora de lá.

— Que legal!

— Aí, quer dividir o fone? — Me alcançou e eu peguei.

...

— Nervosa?

— Mais ou menos. E se eles não gostarem de mim?

— Eles vão gostar, relaxa. — Segurou meu rosto, me deu um beijo e descemos do carro, pegamos nossas malas e fomos na direção da porta da casa dos pais do Teto.

Ele tocou a campainha e esperamos que a mãe dele abrisse

— Oi querido! — Abraçou ele.

— Oi mãe. — Eles saíram do abraço e ela olhou pra mim. — Essa é a Vitória.

— Oi! — Olhou pra mim simpática e me abraçou.

— Oi Dona Adriana. Como a senhora tá?

— Não precisa de tudo isso, querida, Adriana tá ótimo! — Assenti. — Venham, entrem.

— E o meu pai?

— Tá lá nos fundos. Do jeito que ele tava quando você saiu daqui e o jeito que ele tá agora. — Ela negou com a cabeça. — Vai lá dar oi pra ele e apresentar essa moça bonita. — Sorri. O Teto pegou minha mão e me guiou até os fundos da casa.

Poesia | TetoOnde histórias criam vida. Descubra agora