25.

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• Vitória •

— Tão namorando agora? — A Clara perguntou.

— Talvez. — Sorri. — Ninguém pediu ninguém ainda.

— Vocês já tiveram quase nessa, espero que dessa vez seja mesmo!

— Eu também.

— Perdeu o medo de um relacionamento, né?

— Mais ou menos eu acho, mas eu confio no Sávio.

— Você falando dele é tão fofinha, parece que tá apaixonada mesmo.

— Sempre tive, mas o medo falava mais alto.

— Entendo...

— E você e o Tuê que você não fala mais sobre? — Perguntei e ela suspirou

— Tamo aí ainda. Não tem muito o que falar.

— Certeza?

— Sim, mas a gente tá brigado.

— Espero que fique tudo bem...

— Não sei, ele tá falando uns negócios louco de terminar.

— Que?!

— É, não sei também. — Falou cabisbaixa.

— Mas e o Caiê?

— Da pra viver.

— Vai dar tudo certo, independente da escolha de vocês. — Segurei as mãos dela.

— Te amo, prima. — Abracei ela. — O que cê vai fazer depois daqui?

— O Teto me convidou pra sair.

— Ah! Claro! — Ri. — Onde vocês vão?

— Não sei também.

— Hm, todo misterioso ele.

• Teto •

— Ae Drakoz, agora o pedido vai dar certo, irmão.

— De namoro pra Vitória? — Assenti — Tô ligado, vi vocês de agarração na van esses dias.

— Fazer o que? — Ri — Me ajuda?

— Bora. Qual a ideia?

— Bem tranquilinha, praia, buquê, anel e champanhe. Cê consegue o buquê e a champanhe pra mim?

— Agora irmão, tô indo lá.

— Valeu, cê é o melhor, Drakoz.

•Vitoria•

Terminei de passar o batom e ouvi uma buzina do lado de fora.

— Deve ser o Teto. — Pensei alto, peguei minha bolsa e sai encontrando o Teto fora do carro encostado no mesmo.

— E aí preta.

— Oi. — Beijei a bochecha dele. — Onde vamos?

— Falo só se você me der um selinho, na bochecha não vale. — Ri.

— Manhoso — Aproximei nossos rostos e selei nossos lábios pedindo permissão pra minha língua passar. Terminei o beijo com alguns selinhos — Tá bom agora?

— Ótimo — Sorriu, abriu a porta pra mim e deu a volta pra entrar no carro.

— Agora você já pode falar onde a gente vai.

— É surpresa

— Ah qual foi!? Você disse que ia falar.

— Também disse que era surpresa. — Revirei os olhos. — Calma, cê vai gostar.  — Ele colocou a mão na minha coxa e me arrepiei.

— Já estamos chegando?

— Quase. Mas se liga, abre aí o porta luva. — Abri e vi uma sacola da fendi.

— Que isso, Sávio?

— Um presente pra você, pode pegar. — Peguei a sacola e abri pegando um biquíni lindo.

— Que lindo, Sávio! Muito obrigada. Já posso até imaginar que tamo indo pra praia. — Falei e ele virou a esquina aparecendo a vista da praia.

— Acertou, e eu ouvi dizer que é o seu lugar de paz.

— Quem te falou?

— Tenho minha fontes. — Ele estacionou o carro. — Se troca aí que eu vou te esperar na areia.

Ele desceu do carro e eu fui pra parte de trás pra colocar o meu mais novo biquíni dado pelo tt.

Desci e fui em direção a ele que tava sentado na areia e não parava de me olhar.

— Se ficou linda. Escolhi bem fala tu.

— Gostou?

— Prefiro sem, mas você fica linda de qualquer jeito — Senti meu rosto corar e ele riu. — Aí — Se levantou — Me segue. — Segui ele e de longe enxerguei algumas luzinhas que quando nos aproximamos mais era tipo um piquenique, mas com pétalas, champanhe, um buquê e algumas fotos nossas. Sorri vendo aquilo.

— Sávio... — Murmurei — Que lindo. — Ele tirou uma caixinha de veludo vermelho do bolso e abriu mostrando dois anéis

— Vih... — Se ajoelhou —Cê aceita namorar comigo?

— Simm! — Se levantou e me abraçou me girando.

Eu admito que aceitei meio receosa, mas sei do lado dele não vou precisar ter medo.

— Vamo dar um mergulho?

— Vamo pra mim estreitar meu biquíni novo que meu namorado me deu. — Sorri.

Ficamos um bom tempo na água conversando, brincando e se beijando. Acho que posso considerar esse uns dos dias mais felizes da minha vida.

— Aquelas estrelas formam uma estrela juntas — Apontei.

— E essa estrela aqui é a mais linda do mundo — Tocou no meu nariz

— Não conhecia esse lado do clériton Sávio.

— Você tem muita coisa pra conhecer ainda — Sorriu e me beijou. — Cê quer ir pr... — Assenti sem deixar ele terminar a pergunta porque já sabia qual era. Juntamos as coisas e fomos pra casa.

Já com a fome de um pelo outro sem mesmo ele ter deixado eu ter fechado a porta me agarrou e me encostou na parede.

— Porque você tem que morar tão longe da praia? — Perguntou

— Porque você não me beija logo?

Poesia | TetoOnde histórias criam vida. Descubra agora