4.

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• Vitória •

— Vih, acorda. — Me chacoalhou pra acordar.

— Que?

— A gente tá atrasado!

— O caralho! — Me levantei num pulo. — Que horas são?

— 9h10.

— Puta merda. — Abri o guarda roupa pra escolher uma roupa. Peguei a primeira que vi. — Você pode preparar alguma coisa pra nós comer enquanto eu tomo banho?

— Aham.

— E sua mala?

— Pedi pro meu segurança pegar lá em casa, já tava pronta.

Concordei e fui pro banheiro. Tomei o banho mais rápido que já tomei na minha vida. Saí do banheiro já pronta e fui pra sala

— Suas coisas já chegaram?

— Já sim, vou tomar banho rapidão também. Fiz torrada aí.

— Brigada, Tetinha.

— Vai se foder! — Ri.

...

— Tuê mandou mensagem falando que já tão no avião.

— Qual portão mesmo?

— Portão 7.

— Porra, lá do outro lado do aeroporto. — Resmunguei e começamos a andar mais rápido pra achar o portão logo, por pouco não pegamos o vôo. — Oi gente.

— E aí, galera.

— Vocês não desgrudam mais não, é?

— Essa pulga aí não desgruda.

— Você que me convidou pra dormir na sua casa, ow.

— iih — O Tuê e o Wiu falaram, mostrei o dedo do meio e me sentei.

— Seus mete suja.

...

— Bem vinda a São Paulo, prima. — A Clara falou enquanto saíamos da área de embarque.

— Você nunca veio a São Paulo, é? — Wiu perguntou.

— Sou pobre, né. Mas nunca pensei que um trabalho poderia me proporcionar isso. Por que nunca aceitei trabalhar com vocês antes?

— Também me pergunto isso. Olha só seu talento, tava desperdiçando com nada. — Clara disse.

— Brigada. — Joguei o cabelo pro lado me gabando.

— A van tá nós esperando já. — Tuê falou com o celular na mão e fomos.

Chegamos no hotel, fizemos o check-in e fui direto pro quarto. Tava aguentando mais não, cansadona.

O interfone do quarto tocou e reclamei me esticando na cama pra atender.

— Oi?

Poesia | TetoOnde histórias criam vida. Descubra agora