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Vitória •

— Olha Vih. — Disse fechando a porta do quarto. — Eu preciso ir pra São Paulo fazer uns negócios. Você quer voltar pra Fortaleza ou você quer ir comigo?

— Não dá, já falei com a Clara que vou fotografar o show do Wiu em fortal. Mas o que você vai fazer lá?

— Surpresa.

— Ah, qual foi?!

— Sério, você vai gostar.

— É música? — Sorri.

— Para de tentar adivinhar!

— Eu tô curiosa.

— Espera que você vai ver.

— Chato.

...

— Tchau preta. — Selou nossos lábios num beijo rápido.

— Tchau. Te vejo sábado?

— Aham.

— Já tô com saudades.

— Eu mais ainda. — Abraçou minha cintura e sorri. — Tchau.

Me despedi dele mais uma vez e depois fui pro meu portão de embarque esperar o avião.

No tédio peguei meu celular e liguei pra minha irmã.

— Oi mana. — Atendeu.

— E aí. Como você tá?

— Tô bem, você tá voltando pra fortal já?

— Já sim, tô esperando o avião.

— E o Teto?

— Ele foi pra São Paulo fazer alguma coisa que eu não sei.

— E como foi conhecer os seus sogros?

— Foi tranquilo, eles são legais.

— Tem alguma fofoca?

— Não, mas o nome da namorada do Wiu é Mariana também.

— Ele me traiu pela minha cópia!

— E seu namorado?

— Ele vai vir aqui pra casa hoje.

— Você não pode ir me buscar no aeroporto?

— Eu vou.

— Tão chamando meu voo. Te vejo mais tarde?

— Ta bom. Te amo.

— Também amo você, até mais.

Desliguei a chamada e fui pra fila pra embarcar. O voo foi bem tranquilo e não demorou muito pra que eu chegasse em Fortaleza.

Peguei minha mala e sai do aeroporto encontrando a Mariana me esperando dentro do carro.

— Oi Vih! — Gritou de dentro do carro.

— Oi. Você não precisa gritar, sabia?

— Eu sei, tô com saudades da minha irmã. É muito emoção. Entra logo e deixa de bobeira!

— To vendo a saudade aí — Entrei no carro e abracei ela.

— Foi boa a viagem? — Assenti

— Foi tranquilo. E o Renan? — Olhei pra trás do carro procurando ele.

— Tô indo buscar ele agora. Você vai dormir lá em casa?

— Sim, comer comida da mamãe, né?

— Aham.

...

— Oi mãe.

— Vitória! — Abracei ela. — Como você tá querida?

— Tô bem.

— Eu tô aqui também, mãe.

— Eu já te vi hoje, mas vou te dar um abraço.

— Ai mãe. — Resmungou.

— Brincadeira minha filhinha. — Começou a dar vários beijos na bochecha dela.

— Tá, mãe, deu brigada.

— E como você tá, Renan? — Abraçou ele.

— Bem e você, dona?

— Tô bem querido..

— Só eu que não sou chamada de querida.

— Te aqueta, Mariana. — Ri — Você vai dormir aqui hoje também? — Perguntou pro Renan

— Não, vou embora mais tarde.

— Se quiser ficar não tem problema, viu? — assentiu. — Você deve tá com fome, Vih. Vou fazer a janta. Coloca sua mala lá no quarto.

— Tô começa a achar que você não me ama, mãe. — Mariana falou.

— Deixa de bobeira, Mariana. — Falei passando meu braço pelo seu pescoço e fomos pro corredor dos quartos.

Fui pro quarto de hóspede que antes era meu quarto. Fechei a porta e me deitei na cama pra descansar um pouco.

• Teto •

Cheguei em São Paulo e fui pro hotel deixar as coisas por que logo menos eu tinha que ir no estúdio da pineapple.

...

— Fala Malak!

— E aí Tetin. — Fizemos um aperto de mão.

— Como tá?

— Bem. Tá preparado?

— Vamo lá.

— A proposta é bem simples. — Assenti — Você quer ou não participar do poesia acústica 12?

— Não preciso nem pensar duas vezes parceiro. Óbvio que eu quero!

— Ótimo então!

Conversamos mais um pouco, na real foi bastante, e depois eu fui embora.

Cheguei no hotel e liguei de chamada de vídeo pra Vitória.

— Oi preto. — Falou meio sonolenta

— Oi. Tava dormindo?

— Sim, mas pra falar com você não tem problema eu me acordar. — Sorri — Já resolveu suas coisas aí?

— Já

— E por que você volta só sábado?

— Eu tenho show aqui também.

— Ah, verdade. Da uma dica do que é.

— Você é curiosa, viu? Mas é uma coisa que você vai gostar.

—Nossa, que dica fácil. Já até sei o que é. — Foi sarcástica.

— Tô cansadão. 

— Vou deixar você descansa então, daqui a pouco minha mãe me chama pra jantar.

— Queria tá com você.

— Eu também. Mas a gente se vê sábado, beijo.

— Beijo, preta. Te amo.

— Amo mais.

— Amo muito muito mais. — Riu.

— Tchau, preto.

Desligou a chamada e larguei meu celular e fui dormir.

Poesia | TetoOnde histórias criam vida. Descubra agora