Quando terminamos de comer, voltamos pra sala e não demorou muito Joaquim pegou no sono.
Fui até ele pra levá-lo ao quarto e Gabriel tomou a frente.
— Deixa que eu levo! -ele pegou Joca com todo cuidado pra não acorda-lo e eu fui seguindo até o quarto do menino
Após deixá-lo no quarto, apaguei as luzes e saímos de lá.
— Não quer aproveitar pra me apresentar seu quarto? -ele diz com um sorriso pervertido no rosto
— Por que eu te apresentaria meu quarto? -indago ele
— A gente pode fazer várias coisas! -ele se aproximou de mim e me encurralou na parede
— Eita Barbosa, já quer de novo! -debocho
— Linda, com você, eu queria toda hora!
Que? Eu ouvi direito?
Não acredito que eu vou pagar com a língua, em uma regra que eu mesma ditei.
Que ódio, mas foda-se né?
— Hm, é? -me aproximo dele
Ele puxa minha cintura e cola nossos corpos.
— Vou te beijar, se você não se afastar eu vou entender que você também quer o mesmo que eu! -ele falou
E eu continuei onde estava, ele selou nossos lábios.
Iniciando um beijo lento. E caralho... é surreal como nossa boca se encaixa, como o beijo encaixa.
Fomos interrompidos pelo celular tocando.
Era Marcella. Nos sentamos no sofá.
Ligação on
— Fala peste!
— Não me mata -ela começou a falar do outro lado da linha- tem como você vir me buscar no morro?
— Tá de sacanagem com a minha cara?
— Juro Margot, eu não ia vim mesmo, o Hugo esqueceu de trazer o celular e a gente passou aqui pra pegar, agora o carro não quer ligar!
— Caralho garota, eu falei pra você não subir! Joaquim está dormindo...
— Deixa então! Eu vou dar um jeito -ela me interrompeu
— Marcella, que jeito você vai dar? Ta maluca?
— É sério, vou vê aqui! Vou vê se pego um moto táxi até lá embaixo e lá peço um Uber.
— Me escuta, você não vai ficar lá embaixo sozinha não!
— Confia em mim, vou dar um jeito!
— Eu vou acompanhar sua localização, se em 15 minutos você não estiver descendo eu deixo o Joaquim lá nos meus pais e vou aí
— Tá, pode deixar!
— Vontade de te acertar um soco, na moral. Me liga qualquer coisa!
Ligação off
Eu odeio o fato da Marcella ir para o Vidigal sozinha. Medo de alguém fazer alguma gracinha com ela e ela aguentar calada por medo.
Ainda mais que tem uns marmanjos lá que gostam de crescer pra cima de mulheres.
— Tá aflita. O que houve, precisa de ajuda com algo? -jogador quis saber
— Tá tranquilo -disfarço
— Tem certeza?
— Marcella tá no morro e me pediu pra busca-la, mas desistiu quando eu disse que Joaquim estava dormindo.
— Quer que eu mande alguém lá agora?
— Óbvio que não!
— É aonde? -ele pergunta meio apreensivo também
— No morro do Vidigal
— Os carros lá de casa são blindados, eu peço alguém pra ir lá
Sorri sem graça, porque foi até fofa a preocupação dele.
— Você sabe como funciona pra subir na favela né? -ele concorda
— Ah mano, sei lá, só quero ajudar. Você não tem medo?
— Meu medo é a tonta da Marcella lá!
— Você sobe de boa? -concordei
— Eu aprendi a viver lá, mesmo que por um curto tempo, morei lá enquanto a casa aqui estava sendo construída
— E é perigoso?
— No geral não!
— Desculpa perguntar, o que ela estava fazendo?
— Ele tem um rolo com um menino que mora por lá
— Entendi. O pai do Joaquim mora lá né? -concordei-
Meu celular vibrou com mensagens da Marcella, dizendo que estava tudo certo, Hugo conseguiu ajeitar o carro e ela já estava indo pra casa.
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Amo que no segundo dia a Margot já está pagando com a língua
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A(mar) você | Gabriel Barbosa
FanfictionGabriel está passando por uma má fase de rendimento em seu atual clube. Já faz tempo que não tem gol do Gabigol. A maioria dos jogos, inicia sempre no banco. Querendo ou não, isso está atingindo muito seu psicológico. Só que ele não percebe! Enqu...