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Após a tarde inteira na lancha, já estamos todos deitados de banho tomado esperando a comida chegar e a briga da vez é pra escolher um filme.

— Gente, coloca um romance, drama, sei lá! -Margot diz

— Ah não! Bora de terror -Karoline fala

— To junto -falo deitando em um dos sofás

— Nem fudendo, eu tenho medo! -ela diz

— Simples, vamos de votação! Quem quer drama, romance ou comédia? -John fala e só a Margot levanta a mão- Pronto, tu já perdeu Margot

— Odeio vocês! -ela diz emburrada e vem até mim

Me empurra com a bunda para o canto do sofá e deita comigo, se enrola no mesmo edredom que eu.

— Vocês nem tão nem disfarçando mais né? -Fabinho abre a boca

— Eu só deitei, não tem sofá pra todo mundo porra! -ela diz e a gente ri

Péssima.

— Ah claro! -Arrascaeta diz- faz sentido

— Vou sobrar de novo né galera? -John fala

— Bem feito otario! -Margot debocha

Colocaram um filme pra rolar, Margot se vira de frente pra mim e se encaixa no meu peitoral. Ela realmente não vai assistir o filme. Pelo contrário, ela tá me assistindo. O olhar dela está direcionado para o meu rosto e ela está acariciando a minha barba.

— Você é tão lindo! -ela fala em tom de sussurro e em seguida deposita um selinho na minha boca

— Para, tu que é toda perfeitinha! -digo no seu ouvido e roço a barba no seu pescoço

Ela se arrepiou. Como sempre. Gosto de saber que causo isso nela.

Seguro seu rosto, selo nossos lábios. Peço passagem pra um beijo que é correspondido por ela.

— Transar é no quarto, aqui é pra assistir filme! -Priscila diz chamando nossa atenção

— Droga. Então vamos para o quarto! -Margot diz debochando e todo mundo ri

~ Manhã seguinte

Margot já estava pronta, como sempre ela indo tomar banho primeiro. Em seguida, fui. Quando saí do banheiro enrolado na toalha ela não estava com a cara de muitos amigos.

Se levantou, catou meu celular na cama, veio em minha direção e empurrou no meu peito.

— Júlia te mandou mensagem e está te ligando! -diz puta e vai em direção a porta

Ah pronto. Foda-se a mensagem. Foda-se a ligação!

— Magort! -alcanço e seguro seu braço- Que foi agora?

— Nada Gabriel, só vou tomar café!

Ela mente mal, muito mal mesmo.

— Eu sei que você tá puta, fala comigo! -encosto meu corpo na porta impossibilitando de ser aberta

— Nada mesmo, pode deixar, eu não vou confundir as coisas de novo. Da licença!

— Confundir? -pergunto confuso

— Fica a vontade pra ficar com quem você quiser Gabriel, só não me faça de otaria. Beleza? -ela diz tentando me empurrar

— Ah Margot! Voltamos pra estaca zero? -pergunto

— Voltaremos todas as vezes que você tentar me passar a pena! -ela diz simples

— Mano, você nunca quer saber de mim também! Ela tá ligando, mandando mensagem, outra pessoa pode fazer o mesmo. Mas, eu já fiz minha escolha! Eu quero ficar com você! Olha pra mim! -peço- Eu tô com você, Margot! Caralho, esquece o mundo, esquece todo mundo. A gente só não vai ficar junto se você não quiser. Tô me abrindo pra tu, eu amo você porra!

A(mar) você | Gabriel Barbosa Onde histórias criam vida. Descubra agora