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— Fala Fábio, estou ficando preocupada! -digo aflita

— Gabriel está transtornado em meio a uma crise...

— Crise? -quero saber

— Crise de ansiedade e acho que você é a única pessoa que pode ajudar!

— Eu? Acredito que eu sou a última pessoa que ele queira vê

— Por favor, só tenta! -ele pede

— Tudo bem, eu tento!

— Mandei um carro te buscar e já está aí na porta!

— Tá, só vou precisar passar nos meus pais pra deixar o Joaquim e chego aí

Um sentimento de culpa tomou conta de todo meu ser.

Crise de ansiedade? Eu realmente não conheço 1% do Barbosa.

Se ele está puto comigo, a probabilidade de querer me vê ou me escutar é mínima, mas eu vou.

Foi tudo tão rápido, só me enfiei em uma roupa, fiz uma mochila para o Joaquim, peguei ele com cuidado pra não acordar.

Em menos de 20 minutos eu já estava na mansão do jogador, em frente a porta do quarto dele.

— Já tentei de tudo, ele não quer falar comigo, ele não quer me responder, mas eu tô preocupado pra caralho, tem anos que ele não passa por isso! -Fabinho diz passando a mão no rosto

— Calma, nós vamos tentar. Ok? -digo tentando tranquiliza-lo.

— Escutei barulhos, bem provável que esteja uma zona aí! -assenti

— Barbosa! -bato na porta- É a Margot, por favor deixa eu entrar! -bato novamente

Silêncio ensurdecedor.

— Gabriel, fala comigo! -imploro

— Mano, vai embora Margot! Me deixa sozinho! -ele diz lá de dentro

— Eu não vou embora enquanto eu não te ver!

Escutamos barulhos da maçaneta da porta, ele abre e me dá as costas. Não me olha.

É Fábio, bem que você avisou que estava uma zona aqui.

Fecho a porta. Tem porta retratos quebrados! Tem roupas pelo chão. Está literalmente tudo revirado.

Ele está sentado na cama, com a cabeça baixa apoiada em seus braços. Vou até ele e me sento ao seu lado. Passo a mão pela suas costas!

— Ei, eu tô aqui! -pego na sua mão- Respira comigo, por favor -peço e ele começa a puxar e solta o ar devagar- Isso Barbosa, vamos de novo!

— Por que você veio? Já pode ir embora, tô bem -ele quer saber

— Vim porque me importo com você e não vou te deixar sozinho!

Ele não fala nada! Pelo contrário, ele desaba.

E é como se eu tivesse desabando também. Abraço ele de lado, do jeito que dá no momento. Ele se vira, ficando de frente pra mim e se aconchega no meu abraço.

—Não vai embora, por favor! -ele pede

— Eu tô aqui, Barbosa! E vou continuar. Quer ir pra algum lugar? -ele balança a cabeça positivamente- vamos lá pra casa!

Ele sai do quarto de cabeça baixa, não fala com o Fabinho.

— Nós vamos lá pra casa, preciso de umas coisas pra ele! -digo ao sair do quarto

— Vou providenciar! -ele entra no quarto e logo sai com uma mochila- promete a que qualquer coisa me liga?

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Vocês pediram tanto pra eu postar ao menos só mais um, aqui está!

Comentem o que estão achando!

A(mar) você | Gabriel Barbosa Onde histórias criam vida. Descubra agora