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— Vamos lá em cima rapidinho, Margot! -digo

Ela me olha com uma cara de quem quer dizer "tenha modos Gabriel, sua mãe aqui".

— Pra vê o Fredinho ué, tu não pediu pra guardar? -ela concorda

Caralho Gabriel, melhore.

A Dhiovanna ri e minha mãe faz cara de paisagem.

— Posso estar enganada, mas você quer mostrar outro Fred pra ela né Gabriel? -a minha mãe diz

Repito. Minha mãe. Tá aí, quem eu puxei.

Margot? Ah, nessa hora ela já está vermelha, da mesma cor da toalha de mesa que está na nossa frente.

— Vai minha filha, vai ser feliz!

— Dona Lindalva, seu filho deve estar equivocado! -ela fala

Ela me acompanhou e seguimos para o meu quarto.

— Gabriel, você pirou? -ela diz assim que entra no quarto

Fecho a porta.

— O que? Eu queria te beijar, você não queria que eu fizesse isso lá né? -falo de uma forma simples

— Eu sinceramente não sei o que é pior, se é você me chamando pra vê Fred ou você me dando um beijo lá.

E então eu realmente mostro o maldito urso panda que eu coloquei em uma das prateleiras do meu quarto.

Me sento na beirada da cama e puxo ela pela cintura. Que fica no meu das minhas pernas e eu a abraço.

— Tava com saudades! -falo

— A gente se viu ontem -ela me olha e segura meu rosto

E aí, ela simplesmente senta no meu colo, ficando de frente pra mim. Uma perna de cada lado.

Pra que?

O rosto dela, está na altura do meu. Nosso olhar se encontra e ela me dá um selinho, depois outro, mais outro e então começou um joguinho de beija, não beija. Cansado disso, seguro seu rosto com uma certa firmeza e selo nossos lábios, pedindo passagem e ela logo concede. Iniciando um beijo calmo, doce, apaixonado. Nossas línguas na mesma sincronia. Impressionante.

Ela se esfrega devagar no meu colo. Mas caralho, meu amigão já deu sinal de vida.

E ela sente. Sabe por que? Ela ri, um riso com malícia.

— Margot! -repreendo e passo a mão no rosto

— Que foi Gabi? -ela diz calmamente e se esfrega de novo

— Se você continuar, eu vou te fuder agora! -digo em seu ouvido, roçando a barba no seu pescoço

— Não vai não, lindo! Nós temos um trato -ela se levanta rapidamente

— Nós não, você, eu jamais faria um trato tolo desse -puxo ela de volta- Olha como você me deixou, Margot! -ela olha pra lá

— Eu nem fiz nada! -dá de ombros

— Diaba!

— Você consegue se livrar disso, tem duas mãos graças a Deus. Pode pensar em mim!

E daí eu começo a pensar em coisas que possivelmente possam me desanimar.

Paro e olho pra pra um ponto específico.

— Gabriel? -ela estrala o dedo em frente ao meu rosto

— Oi?

— Tá viajando aí pensando em que?

— No momento, pensando no Fabinho transando, pra vê se desanima o amigo aqui!

A(mar) você | Gabriel Barbosa Onde histórias criam vida. Descubra agora