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GABRIEL BARBOSA
~ Madrugada em que chegamos

Eu não sei se todo mundo sabe o que aconteceu entre Margot e eu e querem que a gente se acerte de algum jeito ou se realmente eles querem vê a gente juntos porque não sabem de tudo que rolou. Eu aposto na primeira opção, depois do que aconteceu, basicamente o CT inteiro soube que eu tô sofrendo.

Só sei que tá todo mundo me ajudando a ficar o máximo de tempo com a Margot. Mano, esse lance do quarto eu tô completamente isento, eu não tava por dentro de nada. Realmente qualquer quarto que sobrasse pra mim, eu iria ficar, de boa.

Mas confesso que fiquei feliz que ficaremos no mesmo quarto, mesmo ela querendo matar todo mundo da casa. Nós pedimos pizza e quando chegou, cada um foi para seu respectivo quartos. Todos são suítes. Quando eu entrei no quarto, a Margot já estava lá. Parece que acabou de sair do banho, ela não disse nada e nem eu.

Peguei uma toalha e entrei para o banho. Sai apenas com a toalha enrolada na cintura e fui à procura de uma cueca samba canção, que está em algum lugar da minha mala. Ela me olhou de cima abaixo. Levantou imediatamente, esbarrou seu ombro em mim e foi para o banheiro. A porta estava entreaberta, meu olhar acompanhou o trajeto, então eu vi pela brecha da porta ela encarando o espelho.

Essa mulher as vezes não bate muito bem não.

— Jesus amado, por que colocou essa provação no mesmo lugar que eu? -ela se abanava enquanto olhava para o espelho

Eu ri. Não tinha como não rir dessa cena, mano!

Dou três batidinhas na porta e ela me olha assustada.

— Tá tudo bem aí? -pergunto segurando o riso

— Pelo amor de Deus, Barbosa! Nem no banheiro eu vou ter privacidade? -ela pergunta irritada e sai esbarrando em mim novamente

Tão qual uma criança fazendo birra.

— Você deixou a porta aberta, geralmente quando queremos privacidade, fechamos a mesma! -dou de ombros

— Ah claro, obrigada por ensinar, anotei aqui! -ela diz ironicamente

Ela tirou o roupão, está usando uma camisola preta de tule e renda transparente e uma calcinha minúscula que faz conjunto.

Puta que pariu.

— Nem fudendo que você vai dormir assim do meu lado, Margot! -digo

Ela deita e me olha.

— Eu vou logo avisando, isso não vai prestar! -falo

Ela faz menção em se levantar.

— Vai pra onde? -pergunto

— Ué, colocar uma calça jeans, deve ser muito confortável pra dormir! -ela revira os olhos

Levanta e pega uma porção de travesseiros que tinha no guarda roupa e eu apenas observo.

Ela faz uma barreira com os travesseiros no meio da cama. Eu dou risada.

Ela realmente não bate muito bem das ideias.

— Que isso Margot? Pra que isso? -pergunto rindo

— Teu lado -ela aponta- e o meu, por favor, respeite os espaços! -ela diz e se vira ficando de costas para a barreira de travesseiros, se cobre e fica toda encolhida- Boa noite, Barbosa!

— Boa noite? Isso não pode ser sério! -coloco a cueca e deito no lado que ela definiu ser o meu- Dorme com os anjos e sonhe comigo! -digo

— Ai é pesadelo né queridão! -ela diz

A(mar) você | Gabriel Barbosa Onde histórias criam vida. Descubra agora