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GABRIEL BARBOSA

Eu dizer que errei, que fui moleque estarei sendo clichê demais.

Jamais poderia imaginar que aconteceria o que aconteceu. Coloquei uma pessoa na minha casa, que jamais merecia estar.

Descobri quem foi, falei com ele e bola pra frente.

Já está feito.

Independente de camisa, independente de número, eu vou fazer o meu e continuarei sendo Flamengo pra caralho.

Achei foda demais a Margot ficar do meu lado. Ela se mostrou presente o tempo todo. Até de moto eu andei, mesmo sem poder e foi bom pra caralho. Tirar um tempo pra mim, um tempo com ela e pensar em tudo.

Acordei e escutei falação, provavelmente meus pais chegaram. Deus me ajude. Tomei banho, fiz minhas higienes e desci.

— Bom dia, família! E aí, pirralha -abraço a Dhiô que retribui

Em seguida fui abraçar meus pais.

Minha mãe é meu abraço casa, ali me sinto protegido, não sei explicar.

— Gabriel, sobre ontem... -meu pai começa a falar mas eu interrompo

— Pai, já foi. Beleza? -falo- Eu não quero ficar remoendo isso, já fui punido pelo que fiz, já aprendi a lição e já reconheci o meu erro. Vamos deixar isso pra lá? -quase imploro

Eu realmente não tô afim de falar disso.

Então, ele entende o recado e só me abraça.

— Quem ganhou cesta? -pergunto curioso

— Ué, quando chegamos já estava aí! -Dhiovanna diz

Tem um cartão, então eu pego, mas vou direto ao remetente.

Foi a Margot. Caralho, então é pra mim.

Começo a ler o cartão.

"Oi, espero que tenha acordado melhor! Sei que só tem besteira e que possivelmente você nem possa comer essas coisas, me desculpas! É só um jeitinho que eu achei de dizer que estou com você e quando falo isso, não é da boca pra fora. Eu me importo com você e te quero bem! Só guarda com carinho o Fredinho, sim, já coloquei nome no panda. Coloca ele no seu quarto, é bom que dá uma harmonia, lá só tem coisas relacionadas ao seu ego. Gabi, é só uma fase e logo passa, tudo passa. Sei que você dará seu melhor sempre e eu quero tá aqui pra vê. Você sempre será o meu 10, meu 9, meu 99. Esses números pra mim não significam nada, porque você vai ser sempre o meu craque! E, talvez, só talvez, eu te ame muito!

Beijos da Amargô, como diz você!"

Ela não bate muito bem, ela colocou nome em um urso de pelúcia.

É inevitável não sorrir.

Me admiro ela ter feito isso, geralmente, sou eu quem fico encarregado de mandar várias coisas, mas hoje o jogo virou.

Confesso que me surpreendeu e agora eu sinto o que ela sente toda vez que eu mando algo.

— Foi a Margot filho? -minha mãe pergunta e eu confirmo

— Ela é gente boa né? -meu pai fala

— Pô, ela é sensacional! -digo me sentando

— Deixou forte -Dhiovanna pega um chocolate e eu olho pra ela- Ah, para. Você nem pode comer!

— Chata!

Tomamos café juntos e quando terminamos, peguei meu celular.

Amor 🤎

A(mar) você | Gabriel Barbosa Onde histórias criam vida. Descubra agora