043

2K 127 22
                                    

Na manhã seguinte acordei por volta de umas 6h, fui tomar banho e acordar a Dhiovanna. Mano, que missão difícil da porra. Depois de muito tempo, consegui. Ela foi se ajeitar, eu já tinha mandado mensagem para o Fabinho. Então, descemos pra irmos embora. Sei que está muito cedo, nem deve ter ninguém acordado pela casa, mas eu queria muito me despedir dos pais dele, que foram um amor comigo.

Quando fui na cozinha beber um copo d'água, encontrei com os dois por lá. Amém. Eu não queria sair daqui numa espécie de fuga.

— Acordaram cedo! -Valdemir falou, mas deu uma pausa quando viu que o Fabinho estava descendo com duas malas- Ué, pra onde vão?

— Eu vou precisar ir! -digo

— Você não vai com o Gabi? -a mãe dele quis saber

— Então... Não!

É a única coisa que falo.

— O que aconteceu? -Valdemir pergunta

— Melhor vocês perguntarem ao filho de vocês -dou um sorriso fraco

— Resumo da história, Gabriel fui cuzão demais, deu um pé na bunda dela! -Fabinho fala

— Como é que é? -Valdemir fala

— Não faz sentido eu ficar por aqui, mas não ia me sentir bem indo embora sem falar com vocês. Queria agradecer por toda recepção nesses dias. Vocês são uns amores! Me desculpa qualquer coisa -dou um abraço nos dois

— Menina, ele vai ter que se explicar! Não precisa agradecer, você será sempre muito bem vinda! Conta comigo, você é um doce Margot! -Lindalva diz

Se ela está em choque, imagina eu.

— Eu vou passar uns dias com ela!

— E eu vou levá-las.

— Isso minha filha! Fique com ela e vai mandando notícias. -Lindalva fala pra Dhiovanna

— E deixa que com ele a gente resolve! -o pai dele diz

GABRIEL BARBOSA

Qual a probabilidade deu ter feito a maior merda da minha vida por medo? Medo de me entregar e medo de me apaixonar.

Fala sério, eu sou um filha da puta.

A gente tava vivendo uma parada gostosinha e eu estraguei, simplesmente por não querer admitir o que estou sentindo.

Agora eu vou ter que arcar com as minhas escolhas.

Tomei um banho e desci, não tinha ninguém na cozinha e do nada brotou meu pai e minha mãe lá.

— Pode explicar o que aconteceu Gabriel? -minha mãe diz em tom bem sério

Chamou de Gabriel, sei que fudeu.

— Esta falando de que? -pergunto

— Não se faz de sonso, as meninas saíram cedo daqui!

— Dhiô foi com ela? -pergunto

— Você queria que ela fosse sozinha? Francamente né Gabriel -meu pai quem responde agora- O que você aprontou?

— Nada!

— Nada não né, senão ela não teria ido embora! -minha mãe fala

— Eu não quero mais, não sei o que estou sentindo e não quero magoá-la

Meu pai riu.

— Porra, você de repente já magoou e nem sabe!

Escutamos barulho da porta. Era Fabinho entrando e vindo até a cozinha.

A(mar) você | Gabriel Barbosa Onde histórias criam vida. Descubra agora