Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ter adotado Melissa foi a maior coisa na minha vida.
Achei que cuidar de mim e de um gato era a coisa mais difícil que eu podia suportar. Mas ter uma criança em casa, me tornei multitarefas.
Primeiro porque eu tinha que montar uma rotina, e nunca fui o tipo de pessoa que se contenta em fazer as coisas pela metade.
Precisei fazer pesquisas e aulas pela internet de como fazer isso. As primeiras semanas foram um pouco turbulentas, já que eu estava fazendo as aulas de design.
Pelo menos Piero não era o tipo de homem que ficava só olhando e me deixava fazer as coisas sozinhas, embora ele parecesse mais cansado e atordoado do que eu.
Era como se na maior parte do tempo ele estivesse vivendo em seu próprio mundo na sua cabeça.
Não era diferente na mesa de jantar, que ele estava com a expressão séria, olhando para frente como se apenas o corpo dele estivesse aqui, mas sua consciência estava em outro planeta.
Melissa estava sentada a minha frente na mesa de jantar, porque comer sozinha. Mesmo com apenas cinco anos queria ser independente.
Então eu me lembrava sobre as condições que eu a encontrei na rua. Independente e corajosa, Melissa era um verdadeiro exemplo de resiliência. Mesmo com sua pouca idade, ela demonstrava uma determinação impressionante.
Eu a observei pegar uma garrafa de espaguete com suas mãos pequenas, sua expressão concentrada enquanto tentava equilibrar a comida no garfo.
Eu apenas sorri pra ela.
— Me conte o que você está achando da sua escola nova, querida? — Finalmente interrompi o silêncio maçante. Melissa levantou os olhos para mim, franzindo as sobrancelhas grossas e torceu os lábios.
— Acho que não gostam de mim lá.
Piero se moveu, parecia que sua alma havia finalmente voltado para o corpo.
Ele arqueou a sobrancelha, olhando para ela.
— O que você quer dizer com isso? — Ele perguntou.
Melissa hesitou por um momento antes de responder, seus olhos ainda fixos no espaguete em seu prato.
— Eles me olham de um jeito estranho. E alguns meninos me chamaram de nomes feios.
— O que a professora disse? — Piero continuou, sua voz era suave.
Eu o observei, surpresa pela sua reação.
Ele sempre foi rude e arrogante, mas agora ele estava demonstrando uma sensibilidade que eu raramente via nele. Era reconfortante vê-lo agir assim, especialmente diante das preocupações de Melissa.
— Ela disse que eu deveria ignorá-los e que eles só estavam com ciúmes porque eu sou nova na escola. — Melissa respondeu, sua voz carregada de tristeza e frustração.