vinte e um

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Alberto nunca me chamou pra conversar a sós desde que eu cheguei nessa casa

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Alberto nunca me chamou pra conversar a sós desde que eu cheguei nessa casa.

As coisas estavam estranhas. Piero estava sendo muito gentil e meloso comigo e estava agindo de forma diferente do habitual.

E o pai dele me chamar no escritório era no mínimo preocupante.

Bati na porta do escritório e e murmurou um "pode entrar" lá de dentro.

Abri a porta de leve e entrei, encontrando Alberto sentado atrás de sua imponente mesa de mogno. Seu rosto sério e imperturbável não deixava transparecer qualquer emoção enquanto ele me observava entrar.

— Sente-se, Heaven. — ele disse, indicando a cadeira em frente à mesa. Eu obedeci, sentindo-me nervosa com o ar sombrio que pairava no ambiente.

Assim que me sentei, ele entrelaçou os dedos e fixou os olhos em mim, como se estivesse avaliando cada parte do meu ser.

— Soube que você está desconfortável aqui. — ele começou — Alguém destratou você, querida?

Seu olhar penetrante parecia sondar minha alma, fazendo-me sentir como se estivesse sob um microscópio.

— Não, senhor. — Respondi, mantendo minha voz firme, apesar dos nervos que me consumiam por dentro. — Ninguém me destratou.

— Piero disse que você quer se mudar. É verdade? — Alberto continuou, sua voz grave ecoando no silêncio tenso do escritório.

Eu engoli em seco, sentindo-me desconfortável sob seu olhar penetrante. Eu não sabia o quanto Piero havia compartilhado com seu pai sobre nossas conversas, sobre meus desejos de privacidade e liberdade.

— Bem, eu cresci em um ambiente diferente. A minha família não são do tipo que são próximos, morando todos juntos. Eu saí de casa aos dezoito anos. Eu só... eu só gostaria de um pouco mais de privacidade, de espaço para respirar, sabe? — Eu expliquei, lutando para manter a compostura diante da intensidade de Alberto.

Ele assentiu lentamente, como se estivesse processando minhas palavras.

— Entendo. — Ele murmurou, parecendo contemplativo. — E como você se sente em relação ao seu casamento com Piero?

Sua pergunta me pegou de surpresa, e eu me senti momentaneamente sem fôlego. Eu não esperava que ele fosse direto ao ponto tão rapidamente, e não sabia ao certo como responder.

— Bem... — Eu comecei, tentando encontrar as palavras certas. — Eu estou me adaptando. Ele até que sabe como ser um marido as vezes.... Quando não está arrancando a porta do banheiro ou quando não está deixando a toalha em cima da cama.

Alberto soltou uma risada breve, mas sua expressão logo voltou a ficar séria.

— Você confia nele? Acha que ele pode ser violento com você? Se sente acuada perto dele?

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