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Eu estava irritada por ter sido tirada de casa ontem à noite sem nenhuma explicação para o motivo disso, e eu ainda fui tirada de casa hoje de manhã, mas cedo do que estava disposta.
Meu pai quando queria alguma coisa, conseguia ser muito insistente.
O pior era estar na sala de reuniões da Stratford Corp, no meio de um monte de homens que se achavam os maiorais e um diretor de finanças dizendo que toda a fortuna bilionária Stratford não estava mais em nossas contas bancárias e que as últimas vendas foram estornadas, porque nada pertencia ao meu pai para que ele pudesse vender.
Eu estava um pouco aérea enquanto ele falava. E não estava tão preocupada quanto deveria estar, se tratando da fortuna da minha família, quanto eu estava preocupada com Piero.
Meu pai questionou o diretor de finanças sobre como o dinheiro pode ter sumido e a forma como ele me mandou sair de casa sem explicar nada.
Eu sabia que ele não deveria ter saído de casa ontem à noite. Eu senti que ele não deveria.
— Como pode o dinheiro ter sumido dessa forma e como pode nenhum dos nossos cartões estarem funcionando? — Meu pai continuou exigindo.
— Não sei, John. — O homem jogou um olhar nervoso ao redor da sala. — Parece que alguém teve acesso aos sistemas bancários da empresa e transferiu os fundos para contas desconhecidas.
— E as vendas não concluídas? Isso não faz sentido nenhum. — Ele olhou pra mim — Heaven, você assinou todos os documentos que foram enviados pra você?
Engoli em seco ao perceber que a atenção da sala estava voltada para mim. Meu pai esperava uma resposta, e eu queria entender por que motivo a minha assinatura era tão importante.
Não fazia sentido nenhum se tudo pertencia a ele.
— Sim. Todos que Piero levou para que eu assinasse.
Ele acenou para mim com a cabeça.
— Tudo pertence a ela, e ela está garantindo que assinou todos os documentos, então como isso poderia ter acontecido....
Eu arregalei os olhos, surpresa com o que ele estava falando.
Tudo pertencia a mim?
Como que eu nunca percebi que eu era dona de uma empresa bilionária?
Eu fixei meus olhos no meu pai, mas antes que eu pudesse argumentar, a porta da sala de reuniões foi aberta abruptamente e um homem entrou com um papel.
— Senhor Stratford, um dos carros da empresa foi dado como roubado.... — Ele foi um pouco vago — Foi o carro que você mandou Tray usar para.... — seu olhar vagou pela sala durante uma pausa na sua fala — Você sabe.
— Onde está Tray? — Meu pai indagou.
— Ele foi preso pelo roubo, senhor.
— Mas eu não denunciei nenhum roubo. O que está acontecendo nessa empresa? — Meu pai gritou, me fazendo pular e os burburinhos começaram transformando tudo em um caos generalizado.
