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Minha cabeça latejava de dor. O dia seguinte era sempre pior, e misturava-se ao fato de que eu ainda teria um longo dia pela frente. Não que fosse cansativo, mas dada as circunstâncias de coisas estranhas acontecendo nos últimos dias, eu só queria ficar no meu quarto segura.
Sentei-me na cama, com a mão apoiada ao lado e com a outra eu esfregava a têmpora. O sol invadia a janela, iluminando meu quarto As paredes eram em tons suaves de cinza e branco, contrastando com móveis de madeira clara. Um espelho de corpo inteiro refletia o closet bem organizado em outro cômodo .
A televisão estava desligada. Os lençóis de seda ao meu redor formavam a própria bagunça.
Eu esfreguei meus olhos bocejando, e observei milk, minha gata branca de pelagem brilhante, esticando-se preguiçosamente ao sol na sacada. Aquela porta não deveria estar aberta, droga.
Eu não deveria levar tudo em consideração, mas quando uma mensagem me ameaçando sobre o meu passado chega no meu celular, parecia um bom recado para ficar quieta.
Levantei-me finalmente e, ignorando a dor persistente na minha cabeça, me dirigi ao banheiro. O espelho revelou uma versão desgrenhada de mim mesma, com cabelos bagunçados e olhos ainda sonolentos. Lavei o rosto com água fria, esperando que isso ajudasse a me revitalizar.
Eu juro que eu nunca mais vou beber na minha vida. Essa é uma promessa que faço a mim mesma.
Quando saí do banheiro, escolhi apenas uma roupa rápida, anulando a necessidade que eu tinha de escolher tudo detalhadamente todos os dias. Mas agora, eu só queria estar na presença de alguém, porque minha própria casa não parecia tão segura quanto eu achava.
Escolhi uma calça jeans e camiseta, depois de me calçar eu corri até meu quarto na garagem. Eu liguei o veículo assim que entrei, e o painel indicava que estava sem gasolina.
Mas que porra. Eu havia abastecido pouco antes de vir pra casa.
Eu olhei em volta, e peguei meu celular. Seria mais rápido se eu pedisse um carro por aplicativo. Eu fiz e percebi minha corrida ser alterada três vezes, antes de finalmente conseguir.
Eu joguei o celular dentro da bolsa, e aguardei dez minutos até uma BMW estacionar na minha frente. Eu franzi a testa, não era esse o carro especificado no meu aplicativo.
Olhei para trás, pra dentro da minha casa ouvindo barulho alto vindo lá de dentro.
Um frio percorreu pelo meu estômago, eu só precisava ficar longe durante o dia.
A janela do motorista foi abaixada, e o homem colocou a cabeça pra fora.
— Heaven? — ele perguntou.
Eu imediatamente deu um passo pra trás, reconhecendo aqueles cabelos castanhos e olhos verdes. Meu punho cerrou ao lado do meu corpo, eu engoli em seco e respirei profundamente.