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Achei que não fosse possível ficar com mais raiva do que já estava quando ouvi que meu pai sequestrou a minha filha, mas descobrir que Alex, um amigo próximo, estava envolvido nisso, aumentou minha indignação. Aquelas revelações me atingiram como um soco no estômago, e eu senti uma mistura avassaladora de raiva, traição e desespero.
Eu estava pouco me fodendo para as consequências que ele sofreria, se eles o matassem, eu não estava me importando nem um pouco.
Apenas horas depois de saímos da Pulse, o voo foi finalmente liberado. Estive ansiosa durante o caminho.
Não queria pensar muito no que eu iria encontrar lá, mas sabia que precisava me preparar para qualquer coisa. Minha mente estava uma bagunça de emoções conflitantes. Por um lado, havia a esperança de encontrar Melissa sã e salva, mas por outro, havia o medo do que poderíamos descobrir ao chegar lá.
Ao longo do voo, meu coração batia freneticamente no peito, como se estivesse em uma corrida contra o tempo. Cada minuto que passava era uma eternidade, e eu lutava para controlar a ansiedade que ameaçava me consumir.
Finalmente, o avião pousou em Grand Cayman, e mal consegui conter a urgência de correr para encontrar minha filha. Saímos do avião e um carro particular reservado por Piero já nos esperava.
Renzo se sentou na frente ao lado do motorista e eu fiquei no meio entre Piero e Alberto no banco de trás, enquanto meu marido pegava o celular para checar pela milésima vez o endereço que Alex nos forneceu.
Não fazia muito tempo que estávamos nessa ilha e eu já podia sentir o clima abafado, quente demais para o habitual.
Me abanei, tentando me refrescar, enquanto Piero ainda continuava com os olhos no celular e finalmente levantou o rosto.
— Vamos deixar você num hotel e....
— De jeito nenhum. — Eu o interrompi — Eu não vim até aqui para ficar em hotel, de braços cruzados. Eu vou com vocês.
— Tudo bem, mas por favor, prometa que vai ficar perto de nós e seguir nossas instruções. Não quero correr o risco de perdê-la também. — Ele pediu, preocupado.
Prendi a respiração por um momento, olhando Piero nos olhos. Era quase insuportável olhar para ele assim e ouvir suas palavras.
Ele sabia que já havia me perdido, mas eu não iria discutir sobre isso agora. Não era o momento.
Concordei com um aceno de cabeça, ainda sentindo a tensão entre nós, mas sabendo que agora não era hora para confrontos. Eu só queria encontrar Melissa e trazê-la de volta para casa, onde ela pertencia.
O carro seguiu pelas ruas movimentadas da ilha, e eu me peguei olhando pela janela, observando as pessoas e os comércios que passavam rapidamente diante dos meus olhos. Cada segundo que passava aumentava minha angústia e minha determinação em encontrar minha filha.