trinta e oito

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Eu deveria estar satisfeito por Melissa estar finalmente em casa

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Eu deveria estar satisfeito por Melissa estar finalmente em casa. Afinal, tudo o que importava nos últimos dias era encontrá-la. E eu estava. Aquela pirralha havia ganhado um grande pedaço do meu coração em muito pouco tempo. 

Mas ter a encontrado não era o suficiente. Eu queria colocar as minhas mãos em John e demorar muito tempo trabalhando em fazer o infeliz sofrer.

Não apenas por Melissa, mas pela morte de Leah.

Mas agora a minha atenção era voltada para as minhas garotas.

Heaven estava sentada na poltrona do quarto de Melissa a observando dormir, mesmo que eu já tenha dito um milhão de vezes pra ela ir descansar, porque eu ficaria aqui olhando ela.

Mas Heaven foi bastante teimosa, como se ela não pudesse permitir que Melissa saísse de sua vista nem por um segundo. Eu entendia seu sentimento, mas a exaustão estava visível em seus olhos.

Eu estava encostado ao lado da porta do quarto com os braços cruzados e desviei o olhar de Heaven por um momento.

— Você precisa descansar, querida. Seus olhos estão implorando por descanso. — Minha voz saiu mais suave do que eu esperava, tentando transmitir a calma que eu mesmo não sentia. — Ela já nem está mais com febre.

Ela se levantou, erguendo uma sobrancelha.

— Eu vou fazer um café, é disso que eu preciso pra conseguir cuidar dela.

Porra!

Por que eu tive que me casar e me apaixonar pela mulher mais teimosa do mundo?

Ela veio em direção a porta, e eu a impedi que saísse, segurando em sua mão e a puxei para mim, e segurei seu rosto entre minhas mãos estudando os detalhes de suas afeições.

Ela estava claramente tão cansada.

— Você não vai poder cuidar dela se estiver doente, Heaven.

— Você não precisa ficar aqui se não quiser....

— Heaven, eu estou te implorando pra descansar, porque eu te amo e não posso ver você doente também.

Ela rolou os olhos, cruzando os braços.

Mas ela deveria saber que eu precisava dela tanto quando Melissa precisava.

Fechei os olhos, depositando um beijo no topo de sua cabeça;

— Não é hora pra falar sobre seus sentimentos por mim, Piero.

— Quem sente sou eu, então acho que tenho esse direito.

Ela soltou um suspiro, e desviou o olhar, apoiando a testa em meu peito por um momento.

— Você não dorme a tanto tempo quanto eu, Piero. — Ela murmurou.

Eu não respondi, era verdade que eu também estava exausto. Poderíamos até revezar, mas eu preferia que Heaven dormisse primeiro e eu poderia segurar as pontas, pelo menos até o dia amanhecer.

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