CAPÍTULO 6

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𝗨𝗺 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗹𝗲𝘁𝗼 𝗺𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝗲𝘅𝘁𝗿𝗲𝗺𝗼 𝘀𝗶𝗹𝗲𝗻𝗰𝗶𝗼 𝗽𝗮𝗶𝗿𝗼𝘂 𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗮 𝗰𝗹𝗮𝗿𝗲𝗶𝗿𝗮. 𝗙𝗼𝗶 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝘀𝗲 𝘂𝗺 𝘃𝗲𝗻𝘁𝗼 𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲𝗻𝗮𝘁𝘂𝗿𝗮𝗹 𝘁𝗶𝘃𝗲𝘀𝘀𝗲 𝘃𝗮𝗿𝗿𝗶𝗱𝗼 𝗼 𝗹𝘂𝗴𝗮𝗿 𝗲 𝘀𝘂𝗴𝗮𝗱𝗼 𝘁𝗼𝗱𝗼𝘀 𝗼𝘀 𝘀𝗼𝗻𝘀.

—Socorristas, venham cá! - Falei com um tom de voz alto, para os garotos conseguirem me escutar.

Dois garotos mais velhos abriram caminho através do grupo.

—Eai, o que fazemos com ele? - Indaguei.

—Você não é socorrista também, Emma? Faça alguma coisa você também. ‐ falou Gally.

—Cala a boca seu plong. Eu recebi o cargo de socorrista hoje! Não tenho a mínima ideia do quê fazer. - Falei respirando fundo e tentando controlar a raiva.

—Chega vocês dois. Não é hora de ficar discutindo. - Jeff falou se ajoelhando no chão ao lado do garoto, sentindo a sua pulsação e inclinando-se para ouvir o batimento cardíaco.

Alby semicerrou os olhos; a sua boca se repuxou num sorriso torto, que não denotava nenhum traço de humor.

— Se alguém tocar no garoto - Disse Alby -, vai passar a noite dormindo com os verdugos no labirinto, banimento total, sem dúvidas! - Fez uma pausa, virando-se lentamente em círculo, como se quisesse que todos vissem o seu rosto. —Acho bom que ninguém toque nele, ninguém!

Jeff levantou depois de concluir o exame.

—Ele parece estar bem. A respiração está boa, o batimento normal. Talvez um pouco lento.
O seu palpite é tão bom quanto o meu, mas eu diria que ele está em coma. Clint, vamos levá-lo para sede.

—Ele vai ficar bem? -falei mordendo os lábios, estava tensa.

—Por que se importa com ele, Emma? - Uma voz surgiu atrás de mim, era Minho.

—Só estou perguntando! Aliás, ele é um de nós agora. ‐ Retruquei.

—Por enquanto. ‐ Minho falou dando de costas.

Olhei para Minho e logo após voltei a minha atenção no garoto.

Clint e Jeff adiantaram-se. Jeff segurou o garoto pelos braços, enquanto Clint o sustentava pelos pés.

—No três. - Quem falava era Jeff, o socorrista mais alto, a sua estatura elevada parecendo ridícula por ele estar inclinado, como se estivesse rezando. - Um.. Dois... três!

Eles o levantaram com um movimento rápido, quase lançando-o para o ar - obviamente ele era mais leve do que esperavam.

—Acho que precisamos ver como ele reage - Disse Jeff. —Podemos dar um pouco de sopa a ele se não acordar logo.

—Só o observem com atenção. - Orientou Newt.

—Eu posso ficar de olho nele, se preferirem - Falei.

—De jeito nenhum, ele deve ter alguma coisa de especial ou então não o mandariam pra cá depois da sua chegada na clareira, Emma. A última coisa que eu quero é você olhando esse fedelho. - Newt retrucou. Emma ficou encarando fixamente Newt, o encarou sem reação por alguns segundos.

—Newt está certo, isso nunca aconteceu antes! Não vamos deixar você como babá desse fedelho. - Alby retrucou.

—Mas eu... - Alby a cortou - não vai ficar como babá de ninguém, Emma. Tá decidido.

Emma bufou, sua expressão foi desaparecendo e a expressão de choque e raiva voltaram. Ela sentia que deveria ficar vigiando aquele garoto, de qualquer forma a chegada dele tinha alguma coisa a ver com ela. Ela tinha certeza disso.

—Levem o garoto para a infermaria e fiquem de olho nele dia e noite. Quero saber de tudo o que acontecer. Não me interessa se ele falar dormindo ou comer alguma porcaria... venham me contar! - Alby falou se inclinando, olhando o rosto do garoto.

—Tudo bem - Jeff murmurou; então ele e Clint saíram apressados em direção á Sede, o corpo do garoto balançando enquanto avançavam, e os outros Clareanos finalmente voltaram a conversar, espalhando-se enquanto as teorias borbulhavam no ar.

Emma observava tudo em muda contemplação. A estranha ligação que ela sentia não era só sua. As acusações não tão discretas que lhe haviam lançado um pouco antes provavam que os outros desconfiavam de algo também.

Newt aproximou-se e pós a mão em seu ombro.

—Você nunca o viu antes? - Indagou ele.

—Não... não, não que eu me lembre. - Esperou que a voz trêmula não traisse as suas dúvidas. E se ela o conhecesse de alguma forma? O que isso significaria?

—Tem certeza disso? - Newt perguntou novamente.

—Por que estão me interrogando tanto? Eu não o conheço, já disse. Quer saber? Eu vou até o meu quarto, preciso pensar um pouco.

Falei se afastando do local e indo em direção ao meu quarto. Tudo aquilo estava uma bagunça. Todas aquelas acusações, rumores. Eu não o conhecia e isso era o óbvio pra mim. Mas e se eu o conhecesse que culpa eu tenho? Eu não pedi pra estar naquele lugar.

oiss amores, estão gostando do desenvolvimento da fic? O quê vocês querem ver daqui pra frente? 👀💕

REMENBER ME| Maze RunnerOnde histórias criam vida. Descubra agora