CAPÍTULO 22

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Na manhã seguinte, os primeiros raios de sol delicadamente acariciavam o horizonte, enquanto Emma e Minho despertavam de um sono tranquilo. No entanto, a serenidade foi abruptamente interrompida por uma voz enérgica que ecoava do lado de fora do quarto, chamando-se com urgência.

Enquanto o sono ainda os envolvia, Emma e Minho se contorciam suavemente na cama, relutantes em deixar o conforto dos lençóis. No entanto, seus corpos foram instantaneamente despertados por uma enxurrada de vozes que insistiam em repetir seu nome do outro lado da porta. Com o coração acelerado e uma mistura de confusão e curiosidade, eles se ergueram rapidamente, ansiosos para descobrir o que os aguardava além daquela porta.

—Que mértila, o quê vocês querem? Ainda está cedo sábia? - Digo enquanto puxava a maçaneta da porta, revelando os rostos que estavam transmitindo aquela enxurrada de vozes.

Enquanto Emma abria a porta, a voz de Thomas ecoou, preenchendo o ambiente com uma intensidade palpável:

—Temos que voltar para o labirinto. - proferiu o garoto com determinação, sua voz carregada de urgência. Uma respiração ofegante escapou de seus lábios, revelando a tensão e a adrenalina que percorriam seu corpo.

—Do quê você está falando? - disse Minho enquanto revelava a sua presença por trás de mim.

—Minho? Vocês dois... - Caçarola falou enquanto fazia um semblante confuso.

—Esse é dos meus. - Jeff falou enquanto olhava fixamente para nós dois de cima a baixo.

—Isso não dá cabimento a nenhum de vocês!... - revirei os olhos. —Mas por quê estão assim abafados? E porque voltaríamos ao labirinto? ainda mais com vocês três. - falei enquanto apontava para Jeff, Clint e Caçarola.

—Thomas acha quê se formos até o lugar que vocês mataram o verdugo, podemos achar alguma pista de como sair desse lugar. - argumentou Clint.

—Essas coisas devem ser controladas pelos mesmo criadores, ou até pelas pessoas que nos colocaram aqui. - disse Caçarola, enquanto cruzava os braços.

—Vocês estão querendo morrer? - retrucou Minho.

—Caralho! Thomas você é um gênio! - falei enquanto depositava um curto beijo na testa do garoto. —Isso faz muito sentido! Eu e Minho estamos dentro, esperem a gente daqui a 5 minutos de frente aos muros, nos encontramos lá.

—Oque? Ficou maluca? - replicou Minho.

Antes que qualquer palavra pudesse escapar dos lábios de Minho ou de qualquer outro dos garotos, Emma agiu com rapidez e fechou a porta, deixando-os do lado de fora. Num instante, o quarto ficou imerso em um silêncio reconfortante, enquanto Emma e Minho se encontravam a sós, envoltos em uma atmosfera de serenidade e intimidade.

Minho: —Nem pense nisso, nós não vamos!

Encarei o garoto com um semblante estampado em meu rosto, transmitindo a mensagem de que minhas palavras eram absolutas:

"Se eu disse que nós vamos, é porque a gente vai! Tenho total comando sobre você, e você irá me acompanhar."

Minha frase, repleta de autoridade, deixou claro que eu não aceitava discordâncias, e meu domínio era inquestionável.

Minho: —Nem precisa dizer nada, já entendi! Okay, nós vamos.

Eu olhei para Minho e, ao ouvir suas palavras, um curto sorriso se formou em meus lábios. Ficamos ali, por alguns preciosos segundos, nos preparando para adentrar o labirinto.

*𝚚𝚞𝚎𝚋𝚛𝚊 𝚍𝚎 𝚝𝚎𝚖𝚙𝚘*

Já haviam se passado exatos 5 minutos quando eu e Minho saímos apressados do quarto, determinados a encontrar os outros garotos que se juntariam a nós na jornada pelo labirinto. Com o coração acelerado e uma mistura de emoção e ação pulsando em nossas veias, avançamos em direção aos imponentes muros que nos aguardavam. Cada passo era carregado de adrenalina, pois sabíamos que a partir daquele momento, nossa coragem seria testada e nossas vidas dependeriam da nossa união e determinação.

Clint: —Isso é nojento!

Emma: —Pra caramba.

Eu e Clint nos encontramos em uma sincronia assustadora quando vimos o verdugo, morto e em um estado deplorável, bem à nossa frente. Nossas vozes se entrelaçaram em um grito de surpresa e horror, enquanto o cheiro nauseante da cena invadia nossos sentidos. O estardalhaço da situação ecoou em nossos ouvidos, deixando-nos momentaneamente atordoados diante da visão grotesca diante de nós.

Thomas: —Tem alguma coisa ali dentro!

Caçarola:—Tem que ser dentro da panqueca de verdugo?!?

Em outras circunstâncias, aquilo que Caçarola disse poderia até ser considerado engraçado, se não fosse tão repugnantemente nojento o odor desagradável que pairava no ar, deixando um gosto amargo na boca.

Emma:—Eii, vai fazer o quê? - perguntei enquanto vi Minho avançando para perto do Verdugo.

Minho:—Relaxa, princesa.

Minho, corajosamente, se aproximou do verdugo e estendeu a mão em direção à "barriga" repugnante da criatura. No entanto, no exato momento em que sua mão tocou a pele viscosa, um barulho sinistro ecoou de dentro do monstro, fazendo com que todos nós déssemos um pulo para trás, tomados pelo susto. O som oco reverberou no ar, enchendo-nos de temor e arrepios, enquanto nos afastávamos rapidamente, conscientes de que algo sinistro estava prestes a acontecer.

Caçarola:—Vocês não disse que isso estava morto?!?

Clint:—Isso foi um reflexo?

Emma:—Eu espero que seja.

Jeff:—Tomara!

Thomas:—Tá bem...Vamos lá, vamos tentar arrastar.

Todos os Clareanos, incluindo eu, unimos nossas forças e começamos a puxar a criatura com determinação. A sensação repugnante tomou conta de nós enquanto nos esforçávamos, enfrentando o nojo que nos invadia a cada movimento. O cheiro fétido se intensificava à medida que nos esforçávamos, mas não desistíamos. Com um esforço conjunto, a criatura finalmente cedeu e se partiu ao meio, revelando uma cena ainda mais nojenta e perturbadora. A visão grotesca nos deixou momentaneamente atordoados, mas continuamos firmes, prontos para enfrentar qualquer desafio que o labirinto nos reservasse.

Emma:—Tá tudo bem contigo, Caçarola? - perguntei levantando o garoto que havia caído no chão com o impacto da cena horrivelmente nojenta.

Caçarola:—Tranquilo! Valeu irmã. - o garoto disse enquanto levantava se apoiando em minhas mãos.

Minho, corajosamente, se aproximou novamente do verdugo, estendendo a mão em direção ao seu "estômago". Com uma expressão tensa, ele puxou algo de metal de dentro da criatura, deixando todos nós perplexos. A incerteza pairava no ar enquanto observávamos, sem saber ao certo o que era aquilo que ele havia resgatado. A cena era carregada de tensão, pois sabíamos que aquele objeto misterioso poderia ter implicações significativas para nossa jornada no labirinto.

Thomas:—Oque quê é isso?

Minho:—Interessante.

Caçarola:—Tá bem, oque quer quê seja, podemos levar para a Clareira? Não quero encontrar com os amigos dessa coisa.

Minho:—Ele tá certo! Tá ficando tarde, vamos.

Minho, com cautela, se aproximou de mim, segurando ainda o objeto de metal em suas mãos. Sua expressão era séria e concentrada, enquanto eu observava fascinado/a. No entanto, suas mãos estavam grudadas por uma gosma viscosa que havia escorrido da criatura, adicionando uma camada repugnante à cena.

Emma:—Nem pense em direcionar suas mãos sobre mim com essa gosma! Que nojo. - falei enquanto mantinha distância do garoto.

O garoto olhou fixamente para mim, seu olhar carregado de uma intensidade intrigante. Em seguida, ele soltou uma risada maliciosa, revelando uma pitada de diversão e satisfação em relação aos acontecimentos da noite passada.

Minho:—Você que manda, dona encrenca.

Olhei fixamente para o garoto, compreendendo instantaneamente o motivo por trás daquela risada travessa de Minho. Um sorriso sutil se formou em meus lábios, enquanto dei um tapinha reconfortante em seu ombro. Em perfeita sincronia, saímos do labirinto, acompanhados pelos outros garotos Clareanos.

Ois meus amores, boa noite! Como vocês estão?? Mais um capítulo espero que vocês gostem!! 🥰💕

REMENBER ME| Maze RunnerOnde histórias criam vida. Descubra agora