CAPÍTULO 28

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Antes mesmo que os garotos tivessem a chance de estender suas mãos para ajudar Emma, um imponente muro desabou diante dela, bloqueando cruelmente seu caminho. Seus membros inferiores foram subitamente aprisionados por uma quantidade considerável de blocos de concreto, prendendo-a impiedosamente naquele local. Não demorou para que a dor se manifestasse em gemidos angustiantes, ecoando como um lamento de desespero. Tudo parecia perdido, como se estivesse presa em um pesadelo interminável, onde a esperança se esvaía a cada segundo. Em meio àquela atmosfera sufocante, Minho e Thomas, enfrentando uma situação desafiadora e constrangedora, lutavam para chamar o nome da garota, buscando manter um contato visual em meio à nuvem de poeira que invadia seus ouvidos, obstruindo seus sentidos.

Dominado por uma afobação avassaladora, Minho lançou-se corajosamente sobre o colossal pedaço de muro, movido pelo temor de perder sua amada. Thomas, impulsionado pelo mesmo sentimento que percorria suas veias, não hesitou em seguir os passos de Minho. Afinal, ele não suportaria a ideia de perder a única pessoa em quem confiava plenamente. Com intrínseca à sua determinação, eles desafiaram as leis da gravidade, deslizando pelos escombros com uma agilidade impressionante.

Minho, tomado pelo desespero, deixou escapar um grito angustiado:

Minho:—Maldição! Isso não pode estar acontecendo! Não, não, não! Nós iremos te libertar, eu prometo! Vamos, Thomas, me ajude aqui.

Emma, com a voz trêmula, interrompeu-os com determinação:

Emma:—Não! Vocês não podem! Precisam partir agora, o labirinto está se fechando e se ficarem para me ajudar, estarão condenados à morte! VÃO IMEDIATAMENTE!

Thomas:—Não vamos abandonar você, aceite isso! Você não vai morrer, Emma. De um jeito ou de outro, você vai vir conosco.

Diante da atmosfera angustiante, Minho e Thomas se lançaram em uma corrida frenética contra o implacável avanço do tempo. Com uma força surpreendente, os jovens destemidos uniram suas forças para remover o pedaço de concreto que havia caído sobre a garota. Cada movimento era impregnado de uma emoção intensa, enquanto o medo e o terror permeavam o ar. O suor escorria de suas testas, testemunhando o esforço hercúleo que empregavam naquela tarefa desafiadora.

Enquanto lutavam contra o peso esmagador do bloco, a voz da garota irrompeu com um grito agonizante, ecoando como um lamento de dor que parecia arrancar sua pele de seu corpo. Aquele momento aterrorizante parecia congelar o tempo, enquanto a perspectiva de perder seus movimentos pairava no ar como uma ameaça sombria. A urgência de levá-la até Jeff e Clint era evidente, pois apenas eles poderiam oferecer a ajuda necessária para evitar um destino ainda mais cruel.

Minho, com a voz embargada pela emoção, sussurrou com determinação:

Minho:—Você vai ficar bem, apenas lute para se manter consciente. Nós vamos sair daqui juntos!

Com cuidado e determinação, Minho apoiou a garota em seu colo, segurando-a firmemente enquanto lutava para se manter firme e sair daquele local aterrorizante. Thomas e Minho, impulsionados por um desespero intenso, atravessaram o labirinto com uma determinação incansável. A cada passo, mais muros desmoronavam ao seu redor, ameaçando engolfá-los em um mar de escombros. No entanto, com esforço sobre-humano, o grupo perseverou e conseguiu emergir daquele pesadelo.

Ao testemunharem a cena de desespero, os outros Clareanos se reuniram em torno do grupo, suas expressões refletindo o medo e a preocupação. Perguntas fervilhavam em suas mentes, querendo saber o que havia acontecido, por que Emma estava perdendo tanto sangue. No entanto, os jovens, tomados pela afobação, não responderam a nenhuma das perguntas, focados em levar Emma, que permanecia desacordada, até os socorristas.

REMENBER ME| Maze RunnerOnde histórias criam vida. Descubra agora