CAPÍTULO 5

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𝗔𝗰𝗼𝗿𝗱𝗲𝗶 𝗰𝗼𝗺 𝘂𝗺𝗮 𝗽𝘂𝘁𝗮 𝗱𝗼𝗿 𝗻𝗮 𝗺𝗶𝗻𝗵𝗮 𝗻𝘂𝗰𝗮, 𝗻𝗮𝗼 𝗽𝗲𝗻𝘀𝗲𝗶 𝗾𝘂𝗲 𝗮 𝗿𝗮𝘀𝘁𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗱𝗲 𝗴𝗮𝗹𝗹𝘆 𝗳𝗼𝘀𝘀𝗲 𝗱𝗼𝗲𝗿 𝘁𝗮𝗻𝘁𝗼 𝗮𝘀𝘀𝗶𝗺.

—Mais que caralho, que puta dor de cabeça - Me levantei sentindo a raiva se apossar.

Estava de pé com a mão em minha cabeça, fazendo movimentos circulares, estava furiosa, além da dor que estava em toda a parte da minha cabeça me lembrei que hoje eu iria "trabalhar" assim como os outros. Embora minha mente estar um pouco propensa, andei em direção a porta saindo do meu quarto e me dirigindo até o refeitório, precisava comer alguma coisa, aliás, hoje o dia vai ser longo.

—Nossa, você está péssima. - Era gally, falou enquanto comia uma maçã.

—Tudo isso graças a você, seu merdinha. - Resmunguei enquanto mordia meus lábios.

—Calma, linda. Pensei que havíamos selado a paz ontem. ‐ Ele sorriu, logo em seguida dando uma mordida em sua maçã.

—Quem sabe a paz venha a tona assim quando minha cabeça parar de doer, graças a rasteira que você me deu ontem. ‐ Disse por fim o encarando com um enorme beiço formando em meu lábio.

—Ah, então é por isso que está assim? Calma criança, deveria me agradecer, graças a mim lembrou de seu próprio nome. ‐ Ele sorriu.

—Vai se fuder! - Falei dando de ombros e mostrando o dedo do meio. —Ah, e isso vai ficar comigo. - Falei por fim pegando a maçã da mão de Gally, e logo dando uma mordida.

O garoto suspirou fundo, enquanto eu dei de costas saindo dali.

Após já ter me alimentado, dirigi-me até Newt, ficamos conversando por volta de uns 15 minutos. Alby havia me chamado cerca de 2 minutos depois, falou que eu iria ser uma socorrista assim como Clint e Jeff. Eu até que gostei do cargo que eu iria ter na clareira, melhor do que ser uma construtora.

Um barulho logo se ecoou pela clareira, era a caixa subindo novamente. Newt havia me explicado que a caixa só subia de 1 em 1 mês. Todos então foram correndo até a caixa, inclusive eu, estavam todos querendo saber o motivo dela subir 3 dias após minha chegada na clareira. As portas então por fim cederam.

—Mais que mértila é essa. Santo Deus ‐ Alby ofegou, olhando ao redor da caixa.

—Dois calouros em três dias - Disse Alby, quase num sussurro. - Agora isso. Dois anos, nada diferente, agora isso. - Então por alguma razão, ele olhou direto para Emma. - O que está acontecendo aqui, fedelha?

Emma olhou para Alby, confusa, sua testa estava franzida.

—Como eu posso saber?

—Por que não diz pra gente de uma vez que mértila tem ai, Alby? - Gritou Gally. Houve mais uns rumores e outro avanço para frente.

—É um garoto, - disse Newt.

Todos começaram a falar ao mesmo tempo, toda aquela gritaria estava me dando mais ainda uma puta dor de cabeça.

Newt e Alby arrastaram-se o corpo do garoto para fora da caixa.

—Emma, venha cá. ‐ Disse Newt, não se incomodando de ser educado.

—Conhece esse fedelho, Emma? - Indagou Alby.

—É claro que não. Por que acham quê eu o conheço? Já vou logo avisando que não tenho nada a ver com isso. - Ela sussurrou, fazendo um rosnado com os dentes.

—Então ele não parece familiar para você? Não tem nenhuma impressão de já tê-lo visto antes? - Começou Alby, depois parou com um suspiro frustrado.

—Não, nada! - Respondi franzindo as sombrancelhas.

—Tem certeza disso? ‐ Alby questionou, ele não estava acreditando em uma palavra só minha.

—Mais que mértila, já disse que não! Que saco. - Murmurei mordendo os lábios.

—Mas não pode ser coincidência. 3 dias, 2 fedelhos, um vivo, um morto. - Falou Alby, o garoto estava no chão desacordado.

—Você não tá achando que eu.. - Nem se quer consegui terminar a frase.

—Fique quieta, Emma. Não estamos dizendo que você matou o fedelho, droga. - Disse Gally.

—Eu já disse seus trolhos. Ele não me parece familiar, nunca lhe vi em nenhum lugar, pelo oque eu me lembre. - Falei, estava já cansada de tantas "acusações".

Antes que qualquer outra pessoa pudesse falar, o garoto levantou-se de um ímpeto até sentar-se. Enquanto sugava uma grande porção de ar, seus olhos se abriram e ele piscou, olhando para o grupo ao seu redor. Alby deu um grito e caiu para trás. Newt ofegou e deu um pulo recuando e afastando-se dele. Emma não se mexeu, apenas fixou-se o seu olhar no garoto. Então falou uma frase - A voz impessoal e assombrosa, mas nítida.

—Tudo vai mudar.

Emma observou aturdida, enquanto o garoto rolou os olhos para o alto e caiu no chão. Emma tentou engolir mas sua boca estava seca demais, ela ficava se perguntando se tudo aquilo estava acontecendo por conta dela.

Emma aproximou-se dele por trás e deu uma olhada.
Rabiscadas no papel em grossas letras pretas viam-se quatro palavras.
                   "Ele é o último."

REMENBER ME| Maze RunnerOnde histórias criam vida. Descubra agora